Somado ao recorde de 875 tornados que rasgaram os EUA em abril, esse desastre mais recente fez com que os especialistas indagassem por que 2011 tem causado tantas tempestades mortíferas. Enquanto os pesquisadores investigam detalhadamente as causas dessa estação quebradora de recordes quanto a esses fenômenos, uma coisa é certa: cada vez mais grandes ciclones estão soprando através de áreas densamente povoadas. "Temos tido mais F4s e F5s do que nos anos passados" diz Jack Hayes, diretor do Serviço Nacional do Tempo, referindo-se às duas mais destrutivas categorias de tornados. E em vez de atingir fazendas e campos, as tempestades atingiram cidades como Joplin, no Missouri, e Tuscaloosa, no Alabama.
Está surgindo um grupo de pesquisa que aponta, como parte da resposta a essa pergunta, uma queda cíclica nas temperaturas do Oceano Pacífico -- conhecido como La Niña, o ciclo dura pelo menos cinco meses e se repete a cada três ou cinco anos. Este ano, La Niña está forçando um forte fluxo/corrente de ar para o leste e o sul dos EUA, alterando os ventos que aí prevalecem. Esse "rio" de ar frio na alta atmosfera empurra o ar mais quente e mais úmido do solo para cima, formando "supercélulas" de tempestades. Esse padrão de atividade provocou a "explosão" de mais de 300 tornados que varreram o país do Mississipi ao Tennessee em abril passado, matando pelo menos 365 pessopas dizem os especialistas. "La Niña é provavelmente parte dessa situação, mas não é sua única razão", diz o especialista Grady Dixon, da Universidade Estadual do Mississipi.
Especialistas em tornados previram uma devastadora estação para este ano, e muitos começaram a estudar se a mudança climática global está provocando tempestades mais frequentes e mais intensas que geram tornados -- este trabalho é ainda incipiente, não permitindo ainda que se tirem conclusões a partir dele.
Tempestades rasgaram áreas do Meio Oeste americano, com danos especialmente brutais em Joplin (Missouri) e Minneapolis (The Washington Post).
Tornado se aproxima da cidade de Tuscaloosa, no Alabama (Dusty Compton/AP).
O bairro tranquilo de Taylorsville, em Tuscaloosa (AL) e a aproximação do tornado (Don Kausler/AP).
Destruição em uma rua de Tuscaloosa, Alabama (Dusty Compton/AP).
A avenida McFarland completamente destruída em Tuscaloosa, Alabama (Dusty Compton/AP).
O Hospital St. John em Joplin, Missouri, depois da passagem do tornado (Mike Gullet/AP).
Nenhum comentário:
Postar um comentário