O mundo árabe continua a nos surpreender a cada hora! A última agora vem do Egito, onde um general senior é tido como tendo admitido que mulheres presas em uma demonstração no início deste ano foram submetidas a "exames de virgindade" -- ele disse que isso foi necessário para proteger os soldados de acusações de estupro. "Não queríamos que elas dissessem que as tínhamos agredido sexualmente ou as estuprado, por isso queríamos provar que elas já não eram virgens", disse à CNN esse oficial não identificado -- "nenhuma delas era virgem", finalizou ele.
Oficiais militares egípcios haviam anteriormente negado que soldados haviam feito "exames de virgindade" em mulheres detidas durante um protesto que ocorreu na Praça Tahrir, cerca de um mês depois que Hosni Mubarak deixou o poder. As alegações surgiram inicialmente em um relatório da Anistia Internacional publicado logo após o protesto de 9 de março. Esse documento afirmou ainda que, além dos exames de virgindade, um grupo de mulheres havia sido surrado, examinado nu e ameaçado com denúncia de prostituição.
Outros comentários degradantes do general: "as jovens que detivemos não eram como as filhas de vocês ou as nossas", ele disse à CNN -- "eram garotas que tinham acampado em tendas com manifestantes homens na Praça Tahrir, e nessas tendas encontramos coquetéis Molotov e drogas".
A CNN entrevistou uma das mulheres citadas no relatório da Anistia Internacional, Salwa Hosseini, uma cabeleireira de 20 anos, depois que surgiram as primeiras alegações. "Eles queriam nos dar uma lição, fazer com que nos sentíssemos como não tendo dignidade", disse ela.
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