Presidente Obama decidiu hoje não liberar as fotos do cadáver de Bin Laden, dizendo que tais imagens poderiam incitar a violência e ser interpretadas como se fossem exibições de "troféus" de sua morte, disse a Casa Branca. "É importante para nós nos assegurarmos de que fotos expressivas de alguém que foi baleado na cabeça não fiquem circulando por aí como um incitamento a mais violência, ou como um instrumento de propaganda", disse Obama em uma entrevista ao programa "60 Minutes" da CBS -- "Isso não é o que somos, não exibimos esse tipo de material como troféu", acrescentou ele. -- Fico impressionado com a naturalidade e a desfaçatez com que os americanos adoram se travestir de moralistas, com a longuíssima folha corrida que tem no campo de barbaridades contra a pessoa humana, desde a guerra do Vietnam (para não invadir mais além o passado) até os tempos atuais, passando pelas guerras do Iraque e do Afeganistão (ver
aqui), e chegando ao tratamento "carinhoso" que dispensam aos presos de Guantánamo, ao soldado Bradley Manning (acusado de ter fornecido arquivos secretos ao WikiLeaks -- ver
aqui), e por aí vai. O grande motivo para não publicar as fotos é a reação imprevisível dos partidários e defensores e Bin Laden ao vê-las, não é nada desse falso moralismo.
Obama disse que discutiu o assunto das fotos com o secretário de Defesa Robert, a secretária de Estado Hillary Clinton, e suas "equipes de inteligência", e que todos concordaram com ele que elas deveriam permanecer inacessíveis ao grande público. Bin Laden foi atingido na cabeça e no tórax, e pessoas que viram seu cadáver disseram que ele apresenta um grande ferimento aberto na cabeça.
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Foto do local onde Bin Laden foi encontrado e morto por comandos americanos (The Washington Post).
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