domingo, 13 de novembro de 2011

Cientista cria carne em laboratório para consumo humano

Cientistas tentam criar formas de atender à demanda de consumo de carne mundial com a produção de similares criados de forma artificial. A carne de laboratório é fresca e não vem de um animal vivo, mas é diferente de imitações e de substitutos do produto natural --como é o caso das proteínas vegetais feitas de soja.

O primeiro laboratório em Londres capaz de fabricar não apenas carne nessas condições, mas especificamente hambúrguer, afirma o biólogo Mark Post, da Universidade de Maastricht, na Holanda, custaria 250 mil euros (aproximadamente R$ 600 mil).  Ele espera apresentar o produto em breve. "Acredito que possa fazer isso ainda neste ano", disse Post em entrevista por telefone à agência de notícias Reuters.

A técnica do biólogo utiliza células-tronco retiradas de pedaços de carne que depois são alimentadas com um coquetel de açúcares, aminoácidos, lipídios, minerais e outros nutrientes.  Post já obteve uma tira de músculo de cerca de 2,5 cm. Ela é sem cor, uma vez que não há sangue envolvido no processo de produção, e poderia formar, com várias camadas, uma carne de hambúrguer, acredita o pesquisador.

Segundo a Organização de Saúde Mundial, a produção de carne deve aumentar de 218 milhões de toneladas (1997-1999) para 376 milhões de toneladas até 2020.

Cientista Mark Post exibe amostras usadas para produção de carne; consumo mundial deve aumentar para 376 milhões de toneladas em 2020 - (Foto: François Lenoir/Reuters).

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