A taxa de fecundidade brasileira caiu para 1,86 filho por mulher em 2010, bem inferior à taxa de 2,38 filhos observada dez anos antes,
informou nesta quarta-feira o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística), na divulgação de dados do Censo 2010.
"O declínio dos níveis de fecundidade ocorreu em todas as grandes
regiões brasileiras", principalmente no Norte (de 3,16 filhos por mulher
para 2,42) e no Nordeste (de 2,69 para 2,01), que possuíam os mais
altos níveis de fecundidade em 2000, segundo comunicado do IBGE. As taxas mais baixas de fecundidade são observadas nos Estados do Rio de
Janeiro (1,62 filho por mulher), São Paulo (1,630 e no Distrito Federal
(1,69). A taxa mais alta ocorre no Acre (2,77).
Segundo o IBGE, também notou-se uma mudança comportamental: começa a
cair a participação das mulheres mais jovens (15 a 24 anos de idade) em
novos nascimentos, e cresce a fecundidade entre mulheres com mais de 30
anos.
[Há dois dados acima que sinalizam duas tendências já abordadas em postagens anteriores. O primeiro, a queda na taxa de fecundidade -- de 2,38 filhos/mulher para 1,86 filho/mulher, ou cerca de 22% a menos em apenas uma década -- , confirma o fato preocupante de que essa redução, associada ao aumento do número de idosos no país, reforça a tese de que nossa população está envelhecendo com baixo nível de renovação, o que permite antever sérios problemas para o Brasil no futuro, não só na área previdenciária. -- O segundo fato a registrar é o aumento da fecundidade nas mulheres acima de 30 anos, repetindo-se aqui o que já vem se verificando em outros países].
Nenhum comentário:
Postar um comentário