Com o mesmo título desta postagem, a revista Newsweek que está nas bancas tece considerações e preocupações sobre uma significativa perda de competitividade dos estudantes americanos frente a seus iguais de outros países na área de matemática, vários deles significativamente longe do poderio econômico dos EUA. Esse artigo da Newsweek deveria ser lido atentamente pelo nosso ministério da Educação e pela presidente Dilma, como mais um alerta muito preocupante sobre a péssima qualidade do nosso ensino também em matemática.
Nos testes de proficiência em matemática mais recentes realizados pela OCDE - Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico com 65 países, os EUA ficaram em 32° lugar, empatado com a Irlanda e entre Portugal (33°) e Itália (31°) -- os EUA foram classificados com 32% de proficiência, contra os 75% da cidade de Shanghai (cabeça da lista), os 63% de Cingapura, os 56% da Coréia do Sul, os 49% do Canadá, os 48% de Macau, os 41% da Estônia, e por aí vai. O Brasil classificou-se no 57° lugar, bem abaixo de países como Letônia (78°), Lituânia (77°), Grécia (76°), Croácia (72°), Sérvia (70°), Uruguai (68°), Trinidade & Tobago (67°), Chile (65°), e ainda pior que Argentina (60°), Azerbaijão (59°) e Montenegro (58°). Nosso nível de proficiência não passou de míseros 5%!! Atrás de nós ficaram apenas Albânia, Jordânia, Peru, Colômbia, Panamá, Tunísia, Indonésia, e Quirguistão, nessa ordem.
Vale ressaltar que os 32% dos EUA são a média do país -- 25 estados americanos estão acima da média nacional (o melhor foi Massachussetts, com 51%), 3 estados estão exatamente na média, e os restantes estados estão abaixo dela, o último lugar cabendo sintomaticamente ao Mississipi com 14%. A Newsweek chama atenção para o fato de que mesmo Massachussetts (lar do famosérrimo MIT - Massachussetts Institute of Technology), com sua lista de renomadas escolas privadas e públicas, classificou seus estudantes bem abaixo da Coréia do Sul (58%) e Finlândia (56%), sem falar na destacada Shanghai (75%).
Apenas 7% dos estudantes americanos se destacam no nível avançado de matemática, colocando os EUA atrás de 25 outros países nesse item. Todas essas cifras explicam e justificam a preocupação de Obama ao fazer seu discurso sobre para o Congresso o Estado da União, quando disse que "precisamos super-inovar, super-educar, e superar o resto do mundo".
A situação do ensino no Brasil continua trágica e assustadora, e não há absolutamente nenhum aceno do governo de melhora desse quadro. Como apontei em postagem anterior, a presidente Dilma não demonstrou até agora a mínima sensibilidade para a importância estratégica da educação, tratando-a de maneira idêntica como qualquer outra área de seu governo -- nada a ver com a Dilma dos palanques pré-eleição ...
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