O acervo atual do museu reúne cerca de 500 obras e atrai mais de 3 milhões de visitas. Pelos planos de seu fundador, o empresário e colecionador argentino Eduardo Costantini, o Malba deverá ser ampliado para que todas as obras sejam expostas ao público. "Hoje, não temos paredes suficientes para expor nosso acervo. Precisamos desta ampliação", disse Costantini à BBCBrasil. O projeto envolve um espaço público ao lado do museu, que fica no bairro de Palermo Chico, em Buenos Aires, e por isso precisa de aprovação dos legisladores da cidade.
Entre as principais obras do museu está o quadro Abaporu, de Tarsila do Amaral, que simboliza o movimento antropofágico, do modernismo brasileiro. Costantini pagou cerca de US$ 1,5 milhão pela obra, num leilão, em 1995, em Nova York. Recentemente, ele contou que um grupo de empresários e banqueiros brasileiros quis comprá-la por US$ 30 milhões. "A resposta foi 'não'. Não vendo o Abaporu por preço nenhum." A obra foi exposta, este ano, em Brasília e a previsão, contou Costantini, é que embarque pela primeira vez para os Estados Unidos, em março de 2012.
Desde então, o empresário tem dito que quer abrir um Malba no Brasil. "Poderíamos fazer um corredor cultural Brasil e Argentina. E o Abaporu poderia ficar exposto no Malba Brasil", disse. Para sair do papel, porém, ele reconheceu que precisaria contar com a parceria de investidores brasileiros. "Algo como a Fundação Iberê Camargo (de Porto Alegre), mas em São Paulo, por exemplo", afirmou.
O museu reúne ainda quadros de artistas como os mexicanos Frida Kahlo e Diego Rivera, os uruguaios Joaquín Torres-García e Rafael Barradas, os argentinos Antonio Berni e Guillermo Kuitca e o brasileiro Candido Portinari, entre outros.
Abaporu, Tarsila do Amaral, 1928 (Foto: Malba).
Pareja, Alejandro Xul Solar, 1923 (Foto: Malba).
Mulheres com Frutas, Emiliano Di Cavalcanti, 1932 (Foto: Malba).
Autorretrato com macaco e louro, Frida Kahlo, 1942 (Foto: Malba).
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