Bocejar pode ser muito mais do que só uma sinalização de cansaço.
Segundo um estudo recente americano, o ato seria um mecanismo natural do corpo humano para esfriar um cérebro muito quente.
Para chegar a essa afirmação, os pesquisadores Andrew Gallup
(Universidade Princeton) e Omar Eldakar (Universidade do Arizona)
gravaram o número de vezes que 160 voluntários abriram a boca. Eles foram divididos em dois grupos iguais e supervisionados em estações do ano diferentes.
No verão, menos de um quarto dos participantes bocejou, época em que a
temperatura externa está acima da corporal. No inverno, praticamente a
metade bocejou. Os cientistas acreditam que o ar quente do verão não fornece alívio para
um cérebro superaquecido, por isso a pessoa boceja menos.
"Participei de outro estudo [publicado em "Frontiers in Evolutionary
Neuroscience" em setembro de 2010] que confirmou nossa pesquisa atual",
diz Gallup. "Nós observamos mudanças na temperatura do cérebro de
camundongos antes e depois deles terem bocejado".
O estudo aumenta as especulações sobre a função biológica do bocejo --um
deles diz que o bocejo ocorre quando há aumento do fluxo do sangue no
cérebro, que seria causado pelo ato de se abrir a boca. Apesar de haver uma série de hipóteses, pouco se fez em pesquisas experimentais, e ainda falta consenso sobre seu propósito.
O estudo de Gallup e Eldakar está na edição deste mês da revista "Frontiers in Evolutionary Neuroscience".
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