A carga tributária bruta brasileira em 2010 subiu para 33,56% do PIB (Produto Interno Bruto), informou há pouco a Receita Federal. No ano
retrasado, o percentual havia sido de 33,14%.
O aumento decorreu do crescimento de 7,5% do PIB e de 8,9% da
arrecadação tributária nos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário.
Em 2010, a arrecadação tributária bruta totalizou R$ 1,2 trilhão.
De acordo com a nota divulgada pela Receita nesta sexta-feira, esse
incremento deve ser explicado pela forte atividade econômica no ano
passado.
"A evidência mais clara dessa resposta elástica ao crescimento econômico
reside no fato de a expansão da receita tributária ocorrer,
principalmente, em tributos vinculados ao valor agregado (Cofins e IPI) e
à massa salarial (contribuição previdenciária ao INSS", afirma nota
divulgada pela Receita Federal.
Mais imposto
Na semana passada, o governo federal anunciou um aumento de 30 pontos percentuais
nas alíquotas de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) de
carros e caminhões que tenham menos de 65% de conteúdo nacional.
Ficam livres do aumento as montadoras que comprovarem investimentos em
inovação. Um carro popular até mil cilindradas teve o IPI alterado de 7%
para 37%.
A medida, no entanto, gerou protestos de montadoras estrangeiras, que recorreram à Justiça para adiar a cobrança.
Arrecadação
A arrecadação de tributos federais,
divulgados ontem pela Receita Federal, somou R$ 74,6 bilhões em agosto,
um aumento de 8,1% em relação ao mesmo período do ano passado, já
considerada a inflação do período.
Mesmo com o pagamento de R$ 2,8 bilhões em tributos extraordinários,
houve uma desaceleração no ritmo de crescimento da arrecadação no ano.
Em relação ao mês de julho, há uma queda real de 17,6%.
Até agosto, o governo federal já recolheu R$ 639 bilhões em impostos,
valor 13,26% maior do que nos oito primeiros meses de 2010. De janeiro a
julho, a taxa de crescimento da arrecadação era de 14%.
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