Fonte: Folha de S. Paulo. Clique na imagem para ampliá-la.
A substância protetora é a squalamina, assim batizada por causa do pequeno tubarão Squalus acanthias,
que mede 1 m de comprimento. Ela também é encontrada no sistema de
defesa do organismo de uma lampreia (estranho peixe cuja boca parece uma
ventosa).
Contra uma série de vírus, entre os quais o da febre amarela e o da
hepatite B, injeções de squalamina chegaram até a zerar a contagem viral
(ou seja, o número de vírus no organismo) dos animais estudados pela
equipe.
Os testes foram feitos com hamsters e camundongos, e também com células cultivadas no tubo de ensaio.
A chave para o sucesso da squalamina está na curiosa interação que ela tem com a membrana que circunda as células. Essa membrana é o portal para o interior da célula e, por ela, entram tanto nutrientes como vilões, como vírus e outros invasores. A molécula dos tubarões consegue mexer com o equilíbrio elétrico da membrana quando a atravessa. E faz isso sem causar danos aparentes às células que adentra.
Ao fazer isso, ela dificulta a vida dos vírus, porque eles não conseguem "aprender" a se ligar à membrana alterada. Assim, eles têm dificuldade para entrar na célula ou, se já estão dentro dela, não conseguem sair para invadir outras células do organismo. Um dado importante é que essa atividade protetora da substância parece valer para vários tipos de vírus.
O estudo está na revista científica americana "PNAS".
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