A política americana cada vez mais se aproxima do Rio Grande, fronteira clássica virtual de um cacoete histórico que sempre configurou o sul desse rio como região dominada pelos atrasados da América Latina. As picuínhas entre Obama e republicanos, e entre estes e democratas, além de mostrar o enfraquecimento político de Obama têm evidenciado que a qualidade do debate político americano vem baixando assustadoramente, como demonstra a reportagem abaixo publicada hoje no site do Globo.
O último objeto de disputa entre republicanos e democratas nos EUA foi a
atenção dos americanos na noite de 7 de setembro. O presidente Barack
Obama irritou os adversários ao escolher a data para divulgar suas novas
propostas para a geração de emprego. No mesmo dia, os pré-candidatos
republicanos à Presidência vão se reunir em um debate na mesma hora.
Em uma decisão considerada inédita, o presidente da Câmara dos
Representantes, o republicano John Boehner, rejeitou o pedido de Obama
para discursar ao Congresso naquele horário. O presidente democrata
transferiu então o seu aguardado pronunciamento para o dia 8.
O episódio deflagrou uma nova rodada de conflitos entre Obama e seus
adversários no Congresso. A Casa Branca disse que escolha da data
prevista para o debate republicano havia sido uma coincidência. Mas,
depois de queixas de seu partido, o presidente da Câmara enviou carta a
Obama pedindo a alteração.
"A Câmara não voltará a se reunir até a quarta-feira 7 de setembro, com
votos programados às seis e meia dessa tarde", escreveu o líder da
maioria republicana na Câmara, alegando motivos de agenda e de
segurança.
"Tendo em conta o espaço de tempo necessário - normalmente, são mais de
três horas - requerido para que a equipe de segurança da Câmara se
prepare para a visita do presidente, recomendo que agende seu discurso
para a noite seguinte para assegurarmos que não haverá impedimentos
logísticos ou parlamentares", acrescentou Boehner.
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