- orçamento da educação: 66 bilhões de euros (cerca de R$ 154 bilhões);
- 2 milhões de alunos em escolas privadas (primário + secundário), na sua grande maioria religiosas e subvencionadas;
- 97,6% das escolas privadas são católicas, as demais são judáicas, protestantes, muçulmanas ou leigas;
- nos ginásios privados, os salários dos professores são pagos pelo Estado e as demais despesas (os chamados custos de escolarização, tais como: aquecimento, eletricidade, iluminação, e a gestão administrativa) são financiadas pela região onde está a escola;
- as famílias contribuem para o financiamento das escolas privadas, e pagam entre 450 e 750 euros por ano em média (fora de Paris) -- esse dinheiro serve para financiar investimentos imobiliários (a construção de um ginásio, por ex.), os custos ligados ao catecismo, os custos ligados à nomeação de um responsável qualificado e de uma enfermeira.
Até 576 euros (cerca de R$ 1.340,00) por ano na escola privada
Fora da Île-de-France -- literalmente Ilha de França, a mais rica e a mais populosa das 26 regiões administrativas da França, composta majoritariamente da área metropolitana de Paris -- um ano em escola privada católica maternal ou elementar custa 267 euros (cerca de R$ 622,00) por criança, em média. Em oposição ao ensino público, onde o acesso é gratuito (se se exclui o custo do extracurricular, da cantina, da mobília, etc), o direito de acesso à escola privada não é portanto grátis. Subsequentemente, na escola privada católica é preciso calcular em média com 441 euros para um estudante do segundo grau, 606 euros numa escola técnica geral e tecnológica, 582 numa escola técnica polivalente, e 576 euros numa escola técnica profissional. Essas cifras são baseadas nos custos verificados nos estabelecimentos católicos em 2008/2009, e compilados pela Federação dos organismos de gestão dos estabelecimentos de ensino católico (Fnogec). Como dito acima, o ensino católico representa quase 98% dos estabelecimentos sob contrato de financiamento com o Estado.
Ilha de França: um caso particular
Por que excluir a Ilha de França (predominantemente, a área metropolitana de Paris) desses valores? Porque nessa região as tarifas escolares são muito maiores, de 30 a 40% superiores em média aos valores cobrados nas demais regiões. E, mesmos nestas, os preços podem variar de uma a cinco vezes no caso do ensino primário, e uma a três vezes no ensino colegial. Essas disparidades, no ensino primário, são devidas às diferenças de financiamento acordadas entre as congregações (religiosas) e os municípios, e também às categorias socioprofissionais das famílias, que são variáveis e podem influenciar o preço pago. As diferenças de custos entre os estabelecimentos privados sob contrato são menores, e são geralmente devidas às políticas de investimentos, que geralmente divergem.
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