O presidente da França, Nicolas Sarkozy, a chanceler da Alemanha, Angela
 Merkel, e a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), 
Christine Lagarde, entraram em uma reunião com o diretor-gerente do 
Instituto de Finanças Internacionais (IIF), Charles Dallara, para 
discutir o desconto que será sofrido pelos detentores privados de títulos da dívida da Grécia, disseram fontes diplomáticas. Os líderes da zona do euro negociam a ampliação do ‘haircut’(desconto). Bancos privados detêm mais de € 210 bilhões em títulos da dívida grega.
Mais cedo o próprio Dallara informou que ainda não há um acordo sobre o 
envolvimento do setor privado num novo pacote de resgate à Grécia. "Ainda não há qualquer acordo sobre a Grécia ou um 'haircut' (desconto) 
específico" no valor dos rendimentos e do principal da dívida do país 
que está em poder dos bancos, disse em comunicado. "Continuamos abertos 
ao diálogo em busca de um acordo voluntário. Ainda não há consenso sobre
 qualquer elemento de um acordo", acrescentou.
Algumas autoridades europeias disseram que o IIF estava aberto a aceitar
 perdas de 50% sobre os bônus e rendimentos da dívida grega, ou quase 
duas vezes mais do que o originalmente previsto num acordo anunciado em 
julho. A contrapartida seriam garantias para os 50% restantes.
Segundo um relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgado na
 semana passada, a dívida da Grécia poderia ser reduzida de 186% do 
Produto Interno Bruto (PIB) para cerca de 120% até 2020 se os credores 
privados aceitassem sofrer uma baixa contábil de 50%. Um haircut de 60% 
colocaria esse número abaixo de 100% do PIB. 
Não está claro se o setor privado, representado pelo Instituto Internacional de Finanças (IIF), aceitará uma perda tão grande.
 
 
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