A novidade deste ano foi a presença em massa de empresas que tradicionalmente pouco ou nada tiveram a ver com o mundo do livro, como alguns produtores de jogos de computador. Este é o caso da empresa Seal Media, que apareceu na Feira com um jogo de computador baseado em um livro intitulado Colts of Glory, que conta uma história de vingança após a Guerra Civil Americana. O romance, e esse é o detalhe curioso, foi escrito em papel por um funcionário da empresa, pensando já de antemão no jogo de computador, um jogo de guerra. O acesso ao game em princípio é gratuito, mas o usuário pode ter acesso a armas melhores ao comprar bônus.
Na opinião do diretor da Feira, Jürgen Boos, expositores desvinculados do setor editorial participam da mostra não só para apresentar seus produtos mas, antes de tudo, para buscar os direitos de novos conteúdos que possam traduzir à linguagem de seus jogos. Com isso, pode surgir uma nova relação do mundo editorial com outros meios, além de outros com os quais já existe uma troca há décadas, como o cinema e a internet.
No entanto, nisso ainda há muito futurismo, como também no tema da digitalização – retomado nesta edição da Feira, tal como se tinha feito nas cinco últimas. As previsões feitas no evento deste ano indicam que haverá, no mais tardar em dezembro, uma explosão do mercado do livro eletrônico na Europa.
O negócio central da Feira continua sendo a venda de direitos autorais para livros impressos. As demais abordagens de tais direitos são, na maioria dos casos, algo marginal.
Estande do Brasil na Feira do Livro de Frankfurt (Foto: Ubiratan Brasil/AE).
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