O jornal espanhol 'El País' traz neste domingo, 16, uma reportagem com o balanço dos 10 meses do governo Dilma
 e diz que a hora da verdade vai chegar com as auditorias das contas das
 Olimpíadas e da Copa do Mundo no Brasil. Referindo-se à ela como 
superpresidenta, a publicação cita a demissão dos ministros envolvidos em casos de corrupção e a luta travada por Dilma pela reforma administrativa do País.
Segundo o 'El País', a princípio Dilma era uma incógnita e estava muito 
associada à imagem de seu antecessor, o ex-presidente Luiz Inácio Lula 
da Silva. Pouco sentimental e nada sorridente, segundo o El País, Dilma 
parecia uma gestora que precisaria de ajuda para permanecer no poder. A reportagem destaca ainda que, passados os 10 meses de governo, Dilma 
teria conseguido o que parecia impossível: sem mudar seu estilo, sério e
 nada complacente, Dilma conseguiu 71% de popularidade e não há dúvidas 
que agora quem manda é ela.
Além de citar os casos de corrupção envolvendo ministros de sua gestão, o
 jornal diz que a presidente se aproximou dos Estados Unidos, mudou a 
política sobre o Irã e paralisou a compra dos caças para a modernização 
da Força Aérea Brasileira, um projeto de Lula. O estilo independente de Dilma governar recebeu apoio até mesmo da 
oposição, segundo o 'El País'. Apesar de a derrota de José Serra para 
Dilma, o que descompôs a oposição como um todo, o jornal destaca a 
aproximação, mesmo que discreta, de Dilma como o ex-presidente Fernando 
Henrique Cardoso.
[Concordo em parte com a avaliação do jornal espanhol. Acho que Lula, o Nosso Pinóquio Acrobata (NPA), ainda influi mais do que devia no governo Dilma, especialmente nas articulações políticas -- área em que o jogo de cintura dela é zero e o estilo do NPA é por demais permissivo e pernicioso --, e o autoritarismo dela já está provocando danos à gestão econômica do país, como demonstra a visível perda de autonomia do Banco Central. Concordo plenamente com o El País quanto à importância do desempenho do país na organização e execução da Copa e das Olimpíadas -- será um verdadeiro milagre se passarmos por esses dois eventos sem pagarmos um gigantesco vexame, apenas quanto àqueles dois itens, sem falar nos casos de corrupção que dificilmente -- e infelizmente -- deixarão de ocorrer].
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