Os Estados Unidos planejam abrir uma "embaixada virtual" para o Irã que
dará aos residentes do país do Oriente Médio informações online sobre
vistos e programas de intercâmbio estudantil, apesar da falta de laços
diplomáticos formais entre os países, afirmou a secretária de Estado
norte-americana, Hillary Clinton, nesta quarta-feira.
Em entrevistas aos serviços de língua persa da BBC e do Voice of
America, Hillary defendeu as sanções dos EUA contra o Irã e disse que
Washington tinha conhecimento de um caso criminal ligando Teerã a um
complô para assassinar o embaixador saudita em Washington.
Hillary usou ambas as entrevistas para reforçar que os EUA esperam
ampliar os contatos com os iranianos comuns, apesar das tensões com o
governo de Teerã, que ela afirmou estar se transformando em uma ditadura
militar. "Meu objetivo ao falar com vocês hoje é comunicar claramente ao povo do
Irã, especialmente à grande população de jovens, que os EUA não têm nada
contra vocês. Queremos apoiar suas aspirações. Ficaríamos felizes se amanhã o regime no Irã mudasse sua mentalidade", disse ao Voice of America.
Ela afirmou que o site da "embaixada virtual" será aberto até o fim do
ano e que fornecerá a iranianos informações sobre vistos e outros
programas.
Os EUA romperam relações diplomáticas formais com Teerã em 1980, após a
crise dos reféns do Irã. Os laços entre os países se mantiveram tensos
em meio a disputas sobre o programa nuclear do Irã e acusações dos EUA
de que a República Islâmica é o Estado patrocinador do terrorismo mais
ativo do mundo.
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