segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Quase sem dinheiro, WikiLeaks suspende suas operações

Pelo jeito, bloqueios bancários funcionam. Julian Assange, cofundador do WikiLeaks, anunciou hoje que sua organização está suspendendo as operações de publicação de suas descobertas por falta de caixa. Bank of America, Visa, Mastercard, Western Union, e PayPal pararam de atender o WikiLeaks quando ele começou a publicar milhares de telegramas secretos do Departamento de Estado dos EUA. Essa atitude privou aquela organização de 95% de suas receitas, Assange disse a uma entrevista de imprensa em Londres, de acordo com o Guardian. "Se o WikiLeaks não encontrar uma maneira de eliminar esse bloqueio, simplesmente não teremos como ir adiante na virada do ano", ele acrescentou, de acordo com o The New York Times.

Por agora, disse Assange, sua organização se concentrará na obtenção de fundos. Ele criticou o bloqueio das instituições financeiras como "arbitrário e ilegal", acrescentando: "O bloqueio está fora de qualquer processo responsável. Não tem nenhuma responsabilidade democrática ou transparência".

Grandes jornais como NY Times e o Guardian colaboraram com o WikiLeaks no ano passado, publicando documentos secretos. Mas a organização tem estado cada vez mais isolada, desde que decidiu publicar, sem edição, em setembro, todo o seu estoque de 250 mil telegramas, revelando os nomes de delatores e de fontes governamentais confidenciais.

Julian Assange disse hoje que problemas financeiros poderão levar ao fechamento do WikiLeaks no final do ano (Foto: Daniel Deme/European Pressphoto Agency).


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