A Intel está confortável com os preços dos chips no momento, e trabalha com seus fornecedores e os fabricantes para reduzir o custo de seus novos laptops ultrafinos, conhecidos como ultrabooks, que considera
vitais para reanimar o segmento de computadores tradicionais diante do
desafio dos tablets. A companhia estima que os ultrabooks, equipados com processadores Intel e
parecidos com o MacBook Air, da Apple, devam responder por 40 por cento
do mercado de computadores pessoais até o final do ano que vem.
“É uma meta desafiadora… e para que ela seja atingida é preciso que o
preço caia,” disse Navin Shenoy, vice-presidente de vendas e marketing
da Intel na região Ásia-Pacífico, em entrevista à Reuters nesta
terça-feira.
Analistas afirmam que o preço dos ultrabooks precisa cair ao patamar de
699 dólares que os notebooks mantêm no momento. O mais recente modelo da
Acer está sendo vendido por 899 dólares. “Chegará o momento em que teremos de atingir esse preço, mas não
precisa acontecer do dia para a noite. Reduzir os custos de um produto
requer tempo,” disse Shenoy, em referência ao preço de 699 dólares. E o esforço precisa ser colaborativo, acrescentou ele. “É preciso que mais trabalho aconteça em toda a cadeia. Mesmo que
distribuamos chips de graça, não seria possível atingir esse preço sem a
colaboração do restante do setor".
Ele acrescentou que os ultrabooks estão protegidos contra a ameaça de
uma escassez de componentes no setor em função das inundações
tailandesas, que paralisaram metade da produção mundial de discos
rígidos, porque os ultrabooks empregam drives SSD e não discos rígidos. Ele disse ainda que as enchentes não devem afetar a Intel de maneira
direta, mas a empresa continuará a observar a situação com cuidado. A
Intel afirmou na semana passada que não previa impacto direto das
inundações sobre seus negócios, e que os estoques ajudariam a mitigar
qualquer choque. A provável escassez desses componentes-chave, já que as inundações
ameaçam até 30 por cento da produção mundial de discos rígidos, pode
significar vendas fracas no primeiro trimestre.
Na semana passada, a Intel projetou receita trimestral superior às
expectativas de Wall Street, afirmando que países em desenvolvimento
como a China estão alimentando a expansão e compensando o menor
crescimento nos Estados Unidos e Europa.
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