A agência Associated Press (AP) informa que o Centro Aeroespacial Alemão considera como melhor hipótese que o agora extinto satélite tenha se fragmentado em dezenas de peças menores, antes de se espatifar em algum lugar no sudeste da Ásia. Cálculos militares americanos são, porém, um pouco mais específicos, indicando que o satélite caiu a leste do Ceilão, no Oceano Índico ou perto da Birmânia. Por ora, isso é o máximo de específico que alguém conseguiu ser.
Trajetórias iniciais mostravam as cidades chinesas de Chongqing e Chengdu, ambas com milhões de habitantes, na trajetória dos detritos. Astrofísicos que agora monitoram a situação dizem ser improvável que o satélite caia em uma cidade -- principalmente porque, se isso tivesse ocorrido seria muito difícil deixar de localizá-lo. "Se ele tivesse caído sobre uma área povoada provavelmente haveria agora informações a respeito", o astrofísico americano Jonathan McDowell disse à AP.
A agência espacial alemã está esperando por informes de sites de parceiros de pesquisas, mas várias variáveis podem tornar difícil dizer onde o lixo espacial possa ter terminado. O satélite movia-se rapidamente -- orbitando a Terra a cada 90 minutos -- e pesquisadores predisseram que os detritos podem ter caído na Terra, através da atmosfera, em um espaço de tempo tão curto como 15 minutos. Material reentrando a atmosfera pode algumas vezes mudar de direção nas últimas 90 milhas (cerca de 146 km) da queda.
O satélite ROSAT, do tamanho de uma minivan, foi lançado em 1990 em Cabo Canaveral e usado para pesquisar buracos negros e estrelas de neutron com tecnologia de raio-X. Foi desativado em 1999, mas continuou em sua órbita até os cientistas dizerem que cairia na semana passada, embora não estivesse projetado para atingir a Europa, África ou Austrália.
O satélite alemão está longe de ser o primeiro a cair. A NASA levou vários dias para rastrear e localizar as peças de um satélite climático defunto, que caiu em uma faixa de 500 milhas (cerca de 800 km) do Oceano Pacífico no mês passado. Ainda assim, reduzir o lixo espacial e o númerop de satélites cadentes tem sido uma prioridade para muitas agências espaciais internacionais, desde que novos procedimentos foram adotados em 1991. A NASA prevê que nenhum de seus satélites grandes cairá nos próximos 25 anos.
Reprodução artística, sem data, fornecida pela EADS Astrium, mostra o satélite científico ROSAT (Foto: AP Photo/EADS Astrium).
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