Segundo o ministro brasileiro da Ciência e Tecnologia, Aloísio Mercadante, a ideia vem sendo discutida há bastante tempo, mas ganhou contornos finais no último ano. O ministro diz que o satélite terá o objetivo de fornecer informações aos pesquisadores sobre uma anomalia que acontece no espaço sobre o Atlântico Sul - uma interferência magnética que causa ruídos e problemas de comunicação em satélites desta região.
O satélite será construído com tecnologia da África do Sul e do Brasil - através do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) - e será lançado de uma base na Índia. Por se tratar de um fenômeno que afeta mais o Brasil e a África do Sul, a Índia terá uma participação menor no projeto. "Como se trata de um satélite leve, ele poderia ser lançado pela Índia em qualquer um dos foguetes deles", afirma Mercadante. O Brasil ficaria com a parte de desenvolvimento de tecnologia mais complexa, cabendo à África do Sul a elaboração da plataforma de lançamento.
Segundo o ministro, toda a parte técnica já foi acordada entre as partes, faltando apenas a formalização por parte dos chefes de Estado. Depois do anúncio oficial, Mercadante prevê que demorará três anos para o lançamento do satélite. O ministro diz que orçamento do projeto do Ibas - R$ 17 milhões - é pequeno se comparado com outros planos mais ambiciosos do ministério. Ele cita a contratação de um satélite geoestacionário de grande porte - de R$ 700 milhões - que será usado para toda a comunicação do setor de defesa do Brasil e aumentará a capacidade de banda larga no país. Hoje o Brasil aluga satélites estrangeiros para esse tipo de serviço. O ministro também ressaltou que, além do Inpe, outras empresas como Telebras e Embraer também serão envolvidas no projeto do satélite geoestacionário.
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