A assistência da agência, que faz espionagem eletrônica no exterior, é parte de um esforço de bancos e de outras instituições financeiras americanos para conseguir ajuda de contratistas privados e da área militar americana para evitar ataques cibernéticos, de acordo com entrevistas com autoridades do governo, especialistas em segurança, e executivos da indústria de defesa.
O FBI também alertou os bancos sobre riscos específicos, no meio de preocupações de que hackers possam explorar vulnerabilidades dos sistemas de segurança para causar danos nos mercados globais e provocar uma desordem econômica. Enquanto fontes do setor de segurança do governo e do setor privado mostram-se relutantes em discutir linhas específicas de investigações, elas pintam cenários de piores casos de hackers se escondendo dentro da rede de um banco para desabilitar sistemas para ações, bônus e moedas, acionar quebras relâmpagos, iniciar grandes transferências de fundos ou desligar todos os caixas automáticos.
Não está claro se hackers alguma vez estiveram perto de fazer algo tão desastroso, mas o FBI diz que ajudou bancos a evitar vários ataques cibernéticos importantes, ajudando-os a identificar vulnerabilidades em suas redes. Keith Alexander, um general de quatro estrelas diretor da NSA, que dirige as operações cibernéticas militares americanas, que a agência provê, a pedido, assessoria técnica sobre ataques cibernéticos. Alexander disse que a indústria e o governo fizeram progresso na proteção de redes de computadores, mas que "vulnerabilidades tremendas" permaneceram. Ele disse que empresas que sofreram danos com hackers, como Google, Lockheed Martin, e o grupo Nasdaq OMX, possuiam sistemas de segurança que estavam entre os melhores do mundo. "Se elas estão sendo atingidas, o que dizer das demais?", acrescentou ele.
Hackers têm mirado nos bancos de investimento de Wall Street por mais de uma década, mas os ataques recentes têm sido mais sofisticados, coordenados e deliberados. Isso faz os especialistas em segurança suspeitarem que hackers foram apoiados por países como a China, e alimentou preocupações de que terroristas cibernéticos possam usar softwares daninhos que eliminem dados cruciais e prejudiquem seriamente as redes através do setor financeiro.
O símbolo da Agência Nacional de Segurança dos EUA é mostrado numa tela de computador, dentro do Centro de Operações de Ameaça da agência em Fort Meade, Maryland, em 25/01/2066 (Foto: Reuters/Jason Reed).
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