Itamaraty apura indícios de desvio de dinheiro em nossa embaixada no Zimbábue

Recentemente saiu a notícia do desaparecimento de pelo menos 18 obras de arte de nossa embaixada na França (ver postagem sobre isso), agora surge a informação de que o Itamaraty investiga "indícios de desvio" na verba de US$ 300 mil enviada nos últimos anos à embaixada brasileira em Harare, capital do Zimbábue -- a verba era para custear despesas da embaixada. Seriam esses fatos casos isolados ou o início de um novelo de escândalos em nossas embaixadas?

Na semana passada o embaixador Raul de Taunay, responsável pela representação diplomática desde 2007, foi exonerado do posto pelo ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota. Ele e outros funcionários da embaixada estão sob investigação. O Itamaraty diz que o embaixador deixou o cargo porque cumpriu o prazo de permanência no Zimbábue, mas confirma a investigação.

O escritório financeiro do Itamaraty em Nova Iorque alertava o ministério sobre o problema desde 2008 -- o escritório repassa recursos os recursos vindos do Brasil para os postos no exterior, e responde ainda pelo controle contábil dessas representações. Foram descobertas irregularidades como recibos ilegíveis, pagamentos indevidos, credores inexistentes, despesas não comprovadas e documentos incompletos. Leia mais.

O embaixador Raul de Taunay, responsável pela embaixada desde 2007, foi exonerado (Foto Julia Moraes/Folhapress).