Assustados com os problemas da usina nuclear de Fukushima Daiichi, do Japão, os Chefes de Estado e de Governo da União Europeia (UE) concordaram em realizar testes de segurança nas centrais nucleares europeias, e aplicar os mais altos padrões de segurança aos 143 reatores existentes na UE, distribuídos em 14 dos 27 países da União, mas apenas Alemanha, Espanha e França se comprometeram publicamente a fechar as usinas que não passem nesses testes. Não houve acordo quanto a tornar obrigatórios esses testes, nem que seja obrigatório e irrevogável o fechamento das usinas que não forem aprovadas nos mesmos -- faltou também fixar os critérios que serão seguidos nos testes, que deverão ser realizados num prazo máximo de seis meses. -- A Alemanha já ordenou a suspensão temporária da operação de 7 dos 17 reatores alemães, por causa de sua idade.
À luz da experiência de Fukushima Daiichi, os testes levarão em conta terremotos, inundações, procedimentos de resfriamento, regimes de suprimento elétrico, mecanismos de suprimento de emergência, e capacidade de resistência a crises criadas pelo homem -- eufemismo que cobre desde ataques aéreos a assaltos terroristas, e ciberataques. Governos, especialistas, União Europeia e terceiros elaborarão em futuro próximo os critérios para analisar esses fatores de risco, com o objetivo de "contar com uma lista comum de características para a segurança europeia", segundo o comissário de Energia da UE, Günther Öttinger.
A UE propôs associar a essa política preventiva de segurança os países nuclearizados vizinhos (Rússia, Suiça, Turquia e Ucrânia), exatamente no dia em que Ancara anunciou que no próximo ano começará a construir sua primeira central nuclear na costa mediterrânea, e que em 2023 o país deverá ter três centrais desse tipo. A Turquia é um país de alta sismicidade, no ano passado sofreu um terremoto de 6,0 na escala Richter. Leia mais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário