sexta-feira, 25 de março de 2011

Um soldado americano condenado a 24 anos por mortes no Afeganistão

O militar Jeremy Morlock foi condenado, no dia 23/3, a 24 anos de prisão por uma corte marcial, pelas mortes de três civis afegãos mortos por prazer com a suposta  cumplicidade de quatro outros soldados de seu batalhão, durante uma missão no Afeganistão. Morlock, o primeiro desses cinco soldados da brigada Sryker da Companhia Bravo a ser julgado, se declarou culpado e será testemunha-chave no julgamento dos demais, principalmente do suposto chefe da operação o sargento Calvin R. Gibbs.

Esse militar de 23 anos, originário do Alasca, escutou em silêncio a sentença contra ele e, depois da audiência, leu uma declaração em que pede desculpas aos familiares das vítimas e ao povo afegão, dizendo que "havia perdido sua bússola moral". Ele admitiu ter matado ou ajudado a matar três homens quando de uma missão na província de Kandahar, e haver colocado armas afegãs à volta dos corpos para fazê-los passar por inimigos. Indagado se os tiros poderiam ter sido executados sem a ajuda de outros, ele respondeu sem hesitar "Nossa missão era matar". Morlock é um dos três soldados fotografados posando junto ao cadáver de um civil afegão, cujas fotos foram reveladas pela revista alemã Der Spiegel e causaram enorme repercussão no exército americano  -- ver postagem anterior.

Por uma negociação, revelada durante o processo, Morlock evitará a prisão perpétua e, segundo seu advogado, poderá ser colocado em liberdade condicional ao final de sete anos. Leia mais.
Jeremy Morlock, o soldado condenado a 24 anos pela morte de civis no Afeganistão. (Foto AP)

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