A agência de avaliação financeira Standard & Poor's (S&P) rebaixou em dois pontos (de A- para BBB) a avaliação de Portugal em termos de crédito de longo prazo, alertando que a crise política do país aumentou o risco de que ele seja incapaz de refinanciar sua dívida -- isso equivale a colocar o crédito de Portugal perto da sucata, em jargão economês. O rebaixamento da S&P veio logo depois de uma idêntica decisão pela agência Fitch Ratings, que também rebaixou em dois pontos (de A+ para A-) o crédito do país por causa do aumento dos riscos financeiros, em decorrência da queda do governo socialista. Ambas as agências deixaram entrever que novo rebaixamento poderá ocorrer em futuro próximo.
As taxas de juros dos bônus de Portugal cresceram rapidamente na quinta-feira, no meio de temores de que o vazio político deixado pela renúncia de José Sócrates possa tornar problemático que o país possa honrar um total de 9,5 bilhões de euros de pagamento de sua dívida que vencem em abril e junho.
A S&P prevê que a economia portuguesa encolha 2% neste ano, o que exigirá que o próximo governo implemente "medidas adicionais de consolidação fiscal" para alcançar as metas de défice orçamentário do país. Por sua vez, os líderes europeus reunidos em Bruxelas na quinta-feira instaram os partidos políticos portugueses a adotar novas medidas de austeridade e novas reformas econômicas, para provar que estão comprometidos com essa consolidação fiscal. Leia mais e veja postagem anterior sobre a crise portuguesa.
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