De uns tempos para cá as corridas de Fórmula 1 têm sido chatíssimas, com o quase desaparecimento das ultrapassagens principalmente por conta de circuitos modernos e charmosos mas travados, praticamente eliminando o principal atrativo dessas corridas. Segundo levantamento da revista "Autosport", sem contar corridas com chuva e manobras na primeira curva, a média de ultrapassagens entre os seis primeiros colocados em 2010 foi de 1,15 por corrida, o que convenhamos é muito pouco.
Foram inúmeras tentativas fracassadas da FIA. As duas últimas, a introdução do Kers, o sistema que transforma energia das freadas em potência e que volta nesta temporada, e as asas dianteiras flexíveis. -- Agora, a FIA acatou uma sugestão feita pelas equipes e radicalizou na busca por mais ultrapassagens na F-1.
E, para a temporada que começa nesta semana, na Austrália (a corrida será no domingo), a entidade que comanda o automobilismo introduziu um novo gerador artificial de ultrapassagens. É um sistema de asas traseiras móveis que promete não só aumentar o espetáculo como também a confusão. O mecanismo é bem simples. O problema é sua utilização. E sua fiscalização.
A ideia é solucionar uma antiga reclamação dos pilotos. Eles dizem que é praticamente impossível ultrapassar um carro em condições normais, a não ser em performances muito diferentes, como nos casos de retardatários ou equipes nanicas.
Com isso, a FIA criou o sistema que permite aos pilotos mover a asa traseira para ajudar nas ultrapassagens. A abertura criada no aerofólio traseiro diminui o arrasto e, assim, dá mais velocidade. O problema é que o sistema só pode ser usado uma vez por volta durante as corridas e em locais específicos --a chamada "zona de ultrapassagem". Essa área e a "zona de aproximação" vão ser demarcadas com faixas brancas, que serão pintadas. Outro pré-requisito para o uso é que o piloto deve estar a, no máximo, um segundo do carro que quer passar. Por meio de um botão no volante, o movimento da asa é controlado pelos pilotos. Leia mais.
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