sábado, 5 de março de 2011

Restaurantes linha-dura nos EUA não admitem "criatividade" ou certas opções de seus clientes

Quem nunca tentou alterar um prato em um restaurante, eliminando item(ns) do cardápio e acrescentando algo de sua preferência pessoal? No Brasil essa prática é comum, e às vezes acaba gerando um clássico como o famoso "filé à Osvaldo Aranha" do Cosmopolita, respeitável restaurante da zona da Lapa no Rio. Nos EUA cresce o números de restaurantes inflexíveis, que não dão aos clientes a menor chance de alterar o cardápio até em detalhes aparentemente insignificantes, como pedir sal e pimenta ou um catchup.

Em Nova Iorque, em um minúsculo bistrô do Lower East Side famoso por suas batatas fritas o quadro-negro avisa: nada de catchup. Num popular pub gastronômico de West Village os clientes só podem comer seus hamburguers com um único queijo, o roquefort. No Murray's Bagels em Greenwich Village e Chelsea os clientes podem pedir qualquer cobertura para os seus bagels (obs.: bagel é um tipo de pão judeu), mas nunca pedí-los tostados. David Chang, dono da cadeia de restaurantes Momofuku, é conhecido por se recusar a fazer substituições ou fornecer opções vegetarianas -- e ele diz "o freguês nem sempre está certo".

Esse tipo de restaurante linha-dura não é exclusividade de Nova Iorque. Graham Elliot, proprietário e chef do Grahamwich, um estrelado Michelin em Chicago, não serve café descafeinado em seu novo bar e loja de sanduíches porque café é o que é, um "elixir saboroso e cafeinado", diz ele. Clark Wolf, um consultor de restaurantes, lembra-se de um em S. Francisco que se recusava a fornecer sal e pimenta extras, partindo da premissa de que o chef já havia temperado os pratos corretamente. Leia mais.
Se você quiser um café para viagem no Café Grumpy, em Park Slope, você tem que comprar uma xícara de cerâmica (Foto: Daniel Barry /The New York Times).
No Relais de Venise L'Entrecôte os fregueses recebem somente uma pergunta: querem sua carne bem passada, média, mal passada ou extra mal passada? (Foto: Daniel Barry/The New York Times)


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