O texto abaixo é da autoria de Tatiana de Mello Dias e foi publicado em 28/12 no blogue Link do jornal O Estado de S. Paulo.
O streaming se firmou em 2011 como uma tendência forte no consumo de
cultura digital. Fora do País, grandes empresas como Spotify e Netflix
mostraram que o modelo é uma forma viável e lucrativa de distribuir
conteúdo online. Por aqui, porém, o mercado ainda engatinha. Nós analisamos em abril alguns modelos de streaming disponíveis no País e no mundo.
2011 marcou a entrada de três grandes empresas no ramo. A Amazon foi a primeira, com o seu Cloud Drive. O Google apresentou o esperado Music, em versão beta, durante a conferência I/O, em maio. Por causa do entrave de direitos autorais, o serviço só saiu da versão beta em novembro, quando foi oficialmente lançado nos EUA.
A Apple também entrou no ramo. A empresa lançou em junho o iCloud,
ferramenta de armazenamento de arquivos na nuvem que permite que se
acessem suas músicas em diferentes dispositivos. Na última aparição
pública de Steve Jobs, a Apple mostrou que queria ser o centro da vida digital.
2011 também foi um grande ano para o Spotify. Sucesso na Europa, o site de streaming de músicas fechou parceria com o Facebook e conseguiu chegar aos EUA. Outro serviço que expandiu foi o Netflix, de filmes, que começou a operar no Brasil em setembro. A Amazon também chegou ao País em dezembro.
A variedade de serviços, porém, gera um problema: consumo de banda. O
colunista do NY Times, David Pogue, alertou: junto com a tendência do
streaming, há a tendência da limitação de dados. “Estou falando da nova
era de limitação da quantidade de dados na internet. Todas essas
tendências consomem quantidades enormes de banda. Toda essa atividade de
upload e download, toda essa sincronização, toda essa computação em
nuvem supõe que se tenha uma conexão de internet com enorme capacidade e
velocidade”, escreveu ele em junho.
Outra questão envolvendo o streaming são os direitos autorais. Nesse
sentido, 2011 foi um péssimo ano para o Grooveshark. O site foi processado pela Universal .
A gravadora pede US$ 150 mil de indenização para cada música que,
segundo ela, foi distribuída ilegalmente. Se condenado, o Grooveshark
poderá ser obrigado a fechar. A multa inviabilizaria o funcionamento do site – no total, eles teriam de pagar US$ 15 bilhões.
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