A Câmara Baixa do Parlamento francês aprovou nesta
quinta-feira uma lei que torna crime a negação de que o extermínio em massa de armênios em 1915, por turcos otomanos, configurou-se um genocídio.
A medida despertou a ira do governo turco, que nega que tenha havido um
genocídio. Ancara prometeu reagir diplomaticamente e acusou o presidente
da França, Nicolas Sarkozy, de tentar obter o apoio de franceses de
origem armênia para as próximas eleições presidenciais de 2012. Para vigorar, a lei ainda depende da aprovação do Senado, o que
provavelmente não ocorrerá antes da dissolução do Parlamento, em
fevereiro.
Os armênios alegam que até 1,5 milhão de seus antepassados foram mortos
por turcos otomanos. A Turquia, por sua vez, diz que o total de mortos é
de 500 mil e que o episódio não configura um genocídio.
[O chamado genocídio armênio, contestado pela Turquia, também denominado holocausto armênio ou massacre armênio, é como é chamada a matança e a deportação forçada de milhares ou de mais de milhão de pessoas de origem armênia que viviam no Império Otomano, com a intenção de eliminar sua presença, sua cultura, sua economia e seu ambiente familiar durante o governo dos chamados Jovens Turcos, de 1915 a 1917. A lei francesa de que trata esta postagem só faz aumentar a tensão entre a França e a Turquia, cujas relações andam estremecidas por conta da forte oposição francesa ao ingresso da Turquia na União Europeia.]
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