Christine Lagarde considera que as discussões entre Nicolas Sarkozy, Angela Merkel e seus pares ainda não estancaram a crise. Mas ela se furta a citar nomes. "A cúpula de 9 de dezembro não foi suficientemente detalhada sobre os aspectos financeiros, e foi muito complicada sobre os princípios fundamentais", diz ela. Os chefes de Estadop e de governo haviam previsto então uma mudança nos tratados da União Europeia, para reforçar a integração orçamentária e comprometer cada país com o cumprimento das regras.
"Houve progressos consideráveis na Europa, mas são graduais e mal compreendidos. É preciso acelerar a implementação das medidas", insiste Christine Lagarde. Seria útil, segundo ela, que os europeus "falassem em uníssono e anunciassem um calendário simples e detalhado".
Ela observa ainda que os EUA, atores principais da economia mundial, foram afetados, e que os países emergentes, motores dos anos 2.000, estão tolhidos. A ex-ministra da economia da França observa que na China, Brasil e Rússia "as previsões de crescimento foram revisadas para baixo".
O FMI, que deve liberar no final de janeiro suas previsões econômicas mundiais, contava até aqui com um crescimento de 4%. Mas, sua diretora-geral já preveniu que essa taxa será revisada para baixo.
Christine Lagarde defende que os países da UE falem em uníssono e façam um calendários de medidas simples e detalhado - (Foto: Dylan Martinez/Reuters).
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