A classe média na Itália perdeu 39,7% do poder de compra nos últimos dez anos, época de vigência do euro, segundo a Organização de Defesa do
Consumidor da Itália (Codacons).
De acordo com um estudo do órgão, as famílias italianas de quatro
pessoas foram atingidas na última década pelo aumento dos preços, dos
impostos, pelo aumento nos preços dos aluguéis e do combustível e pelas
manobras econômicas.
Essas famílias, segundo a Codacons, perderam entre janeiro de 2002 e janeiro de 2012 cerca de 10.850 euros (R$ 24.219).
Entre os produtos que mais sofreram com a alta dos preços estão a caneta
esferográfica (207,7%), o sanduíche (198,7%), o sorvete (159,7%) os
pacotes de café de 250 gramas (136,5%), os bolinhos (123,9%), o quilo de
biscoitos (113,3%) e a aposta mínima na loteria (92,3%). [Tirando o sorvete e o café, nos quais os italianos são craques e os consomem muito, o resto pode ser considerado supérfluo ...]
Na avaliação da organização, o fenômeno foi "um verdadeiro massacre para
os bolsos das famílias italianas". "A Codacons foi a primeira
associação que, em janeiro de 2002, quando foi introduzido o euro,
denunciou os aumentos selvagens e a mudança para as especulações",
afirmou o presidente da entidade, Carlo Rienzi.
Ele ainda assinalou que, atualmente, os comerciantes são as "primeiras vítimas dessa política suicida".
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