Contudo, com uma análise estatística robusta, que reduziu a chance de um engano para menos de um em mil, os cientistas praticamente descartaram isso e defendem que os novos planetas já podem entrar na lista oficial. Ademais, nem há sensibilidade suficiente para confirmar por outra técnica a existência desses objetos, o que justifica a pressa de validar o achado pela rota estatística.
Por um lado, a aceitação dessas conclusões traz grandes perspectivas para a equipe do Kepler (e de seu equivalente europeu, o Corot). Significa que eles podem começar a trazer seus milhares de "planetas candidatos" para o campo dos confirmados, sem esperar dados adicionais de telescópios em terra. Por outro lado, há limitações severas sobre o que se pode dizer a respeito desses mundos. Só a combinação das duas técnicas (a praticada no espaço e a usada em solo) pode apresentar medições de raio e massa. E são elas que permitem fazer grandes inferências sobre a composição desses mundos.
Embora os pesquisadores até especulem sobre esses pequenos mundos recém-descobertos, eles admitem que a falta de uma medição da massa atrapalha as tentativas de determinar como eles são. Para isso, será preciso esperar a próxima geração de espectrógrafos, capazes de detectar a presença desses planetas a partir do solo --e de determinar sua massa-- por uma via mais segura.
A partir da esquerda, o Kepler-20e, Vênus, a Terra, e o Kepler-20f -- veja galeria com mais planetas descobertos pela Nasa -- Clique na imagem para ampliá-la (Foto: AP).
Ilustração do Kepler-20e, ligeiramente menor que a Terra, tem 0,86 vezes o raio da Terra - (Foto: Nasa/Efe).
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