Considerado o mais promissor político alemão, Karl Theodor zu Guttenberg renunciou na manhã de hoje ao seu cargo de ministro da Defesa, menos de duas semanas depois que foi revelado que largos trechos de sua tese de doutorado em 2006 foram plagiados. No início parecia que seu carisma e sua popularidade o salvariam -- a chanceler Angela Merkel o apoiou, assim como os eleitores de acordo com pesquisas sobre isso. Mas ele não pôde sobreviver ao tsunami de indignação da comunidade acadêmica alemã e às contradições internas de sua posição. Sua queda é um forte golpe para a chanceler, para a União Social Cristã (partido dele, ramo bávaro do partido da chanceler), para a União Democrática Cristã (partido de Merkel) e para a saúde da política em geral na Alemanha.
A ascensão de zu Guttenberg, de um precoce parlamentar a possível futuro chanceler em menos de dois anos, foi considerada a mais rápida na política alemã do pós-guerra. Sua formação aristocrática, sua boa aparência e sua glamorosa esposa jogaram a seu favor.
Quando ministro da Economia de Merkel ameaçou renunciar por causa de uma proposta de ajuda à Opel, um fabricante de carros, e com isso ganhou fama de defensor dos princípios econômicos liberais. Como ministro da Defesa, foi vitorioso contra seus oponentes conservadores e extinguiu o alistamento militar obrigatório, primeiro passo em uma proposta ambiciosa de modernização das forças armadas.
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O ex-ministro de Defesa da Alemanha, Karl Theodor zu Guttenberg (Foto: EPA).
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