Na quarta-feira passada, segundo o jornal inglês Financial Times, defronte o escritório do BNDES em Londres houve uma manifestação de 50 a 60 chefes indígenas da Amazônia, alguns em trajes típicos, em protesto contra a construção da usina hidroelétrica de Belo Monte, que será financiada por esse banco. Eles dizem que essa obra de 11 bilhões de dólares a ser construída no rio Xingu, um dos maiores afluentes do Amazonas, destruirá seus lares e seus meios de subsistência. Ver postagem anterior sobre Belo Monte.
"Vemos realmente essa disputa no Xingu como muito simbólica", diz Atossa Soltani, fundador e diretor-executivo da Amazon Watch, um grupo ativista baseado nos EUA que luta contra aquela usina. "A menos que a administração de Dilma Rousseff seja desafiada em Belo Monte, o que veremos nos próximos quatro anos será a emissão de dezenas de licenças para a construção de barragens na Amazônia", acrescenta ele.
Uma das bandeiras de Dilma Rousseff, e prevista para ser a terceira maior usina hidroelétrica do mundo, Belo Monte com seus 11.200 MW ajudará a manter o Brasil como uma das poucas grandes economias do mundo alimentadas por energia sustentável -- 90% da energia que alimenta o país vêm de fontes renováveis, contra a média mundial de 18% diz Mauricio Tolmasquim, presidente da estatal EPE - Empresa de Pesquisa Energética.
Os Estados Unidos produzem 200 vezes mais gases de efeito estufa que o Brasil, e a China 190. Ambientalistas argumentam que Belo Monte será muito mais destrutiva e menos produtiva do que alega o governo. Leia mais.
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