sábado, 5 de maio de 2012

Brasil passa México e é 7° no setor de TI

Com receita de US$ 102,6 bilhões em 2011, o setor brasileiro de tecnologia da informação desbancou o México e se tornou o sétimo mercado do mundo, informa reportagem de Helton Simões Gomes na Folha deste sábado. A íntegra, que reproduzo abaixo, está disponível para assinantes do jornal e do UOL (empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).

Adiantados com exclusividade pela Folha, os dados foram levantados pela consultoria IDC e pela Brasscom (Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação).

Com crescimento em ritmo maior que o da economia, a receita do setor inflou 11% ante 2010, enquanto o PIB cresceu 2,7% no período. Segundo Antônio Gil, presidente da Brasscom, o crescimento três vezes maior que o PIB ocorre devido aos preparativos das empresas para acompanhar o bom momento do Brasil, o que resulta em investimentos para melhorar processos, no que a tecnologia influencia diretamente.

Márcio Stefanini, presidente da Stefanini concorda. "A indústria brasileira só se desenvolveu desse jeito para atender diversos ramos de negócios". A empresa faz aplicações personalizadas, como o desenvolvimento de internet banking para os 15 maiores bancos e faturou R$ 1,24 bilhão em2011.

A corrida empresarial para criar robustez se reflete no desempenho dos segmentos de TI que mais crescem. As companhias de tecnologia que prestam serviços terceirizados, setor chamado de BPO (Business Process Outsourcing), tiveram maior crescimento de receita. No Brasil, o nicho teve alta de 19,5% , para US$ 5,61 bilhões.

Outro segmento representativo dessa situação é o de TI in-House (desenvolvimento de soluções tecnológicas feito dentro de empresas, como bancos), que teve receita 16,7% maior, para US$ 46,12 bilhões. A IDC não contou o in-House para montar a lista. Apesar do resultado, a receita do setor poderia ter chegado a US$ 130 bilhões, segundo a Brasscom. "Há áreas que estão absolutamente virgens como saúde, educação e a de bancos para classes E e D", diz Gil.

Tecnologia da Informação

No ranking dos maiores mercados, Brasil sobe uma posição em 2011

(2010)  (2011)

1°          1°      EUA
2°          2°      Japão
3°          3°      China
4°          4°      Reino Unido
5°          5°      Alemanha
6°          6°      França
8°          7°      Brasil
7°          8°      México
9°          9°      Argentina
10°        10°    Colômbia

Participação da TI no PIB nacional

Em 2011:  4,4%


Em 2022:  7% (estimativa).

Fontes: IDC e Brasscom.


2 comentários:

  1. Amigo VASCO:
    Será que esse ranking expressa verdadeiramente uma realidade? Estamos realmente avançando nesse campo?
    Se o objetivo da pesquisa foi comprovar o número de empresas que passaram, de alguma forma, a ter alguns processos informatizados,
    não sei se tais números podem ser comemorados.
    Até os jornaleiros estão sendo obrigados agora a emitir a NOTA FISCAL ELETRÔNICA (não tenho detalhes), o que certamente está promovendo um maior uso das TI, seguramente para propiciar uma maior arrecadação de impostos pelo (des)governo, em todos os níveis.
    MENTIR COM ESTATISTICAS É FÁCIL!!!!!

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  2. Caro Levy,

    O problema dessas estatísticas é que elas sempre, ou quase sempre, privilegiam a quantidade em detrimento da qualidade. Não sou do ramo, mas usar mais TI não significa, obviamente, que se está usando a melhor TI -- mas, o quantitativo tem inegavelmente sua importância e o mercado de TI é altamente competitivo.

    Não chego ao seu pessimismo de achar que essas estatísticas são mentirosas.

    Abs,

    Vasco

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