[Parece que o drama da Grécia se aproxima de um desfecho traumático, principalmente para os gregos -- lendo-se a reportagem abaixo fica-se com a nítida sensação de que agora, no clube do euro, a torcida é mesmo para que a Grécia saia e termine logo essa novela. Se a Grécia fosse uma Itália em termos de economia, certamente a história seria outra, embora haja muito banco em todas as latitudes da eurozona pendurados com créditos podres preocupantes feitos aos gregos. A Alemanha, o principal carrasco dos gregos e, até agora, irredutível em sua política de austeridade suicida -- ou autofágica, como queiram -- tem imensa culpa no cartório pelas enormes falhas políticas, econômicas e financeiras na criação do euro. Tenho dúvidas se a Sra. Angela Merkel tem tido sono tranquilo ultimamente pois, além dos pepinos da eurozona que seu país ajudou a plantar e cultivar, ela já está vendo seu edifício político começando a desmoronar em casa.]
Cada país da zona do euro deve preparar um plano de contingência individual na eventualidade de a Grécia decidir deixar a moeda única,
afirmaram nesta quarta-feira, 23, três autoridades da zona do euro,
citando um acordo fechado esta semana. O acordo foi feito durante teleconferência da Equipe de Trabalho do Eurogrupo na segunda-feira.
Além da confirmação de três autoridades, a Reuters teve acesso a um
rascunho de memorando de um Estado-membro detalhando alguns dos
elementos que os países da zona do euro deveriam considerar.
A Equipe de Trabalho do Eurogrupo consiste em autoridades que preparam
reuniões de ministros das Finanças e também formam a diretoria do fundo
de resgate temporário, o Fundo Europeu de Estabilização Financeira
(EFSF, na sigla em inglês). "A Equipe de Trabalho do Eurogrupo
concordou que cada país da zona do euro deve preparar um plano de
contingência, individualmente, para as consequências potenciais de uma
saída da Grécia do euro", disse uma autoridade da zona do euro familiar
com o que foi discutido na teleconferência. "Nada foi preparado até agora a respeito de zona do euro, por temores de vazamento", disse a autoridade.
Uma outra autoridade confirmou o acordo da equipe na segunda-feira.
O documento visto pela Reuters detalhava os custos potenciais para
Estados-membros individuais a partir de uma saída da Grécia e informava
que se isso acontecesse, um "divórcio amigável" deve ser buscado. O documento dizia ainda que se a Grécia decidir deixar o bloco, poderia
ser dado apoio da União Europeia (UE) e do Fundo Monetário Internacional
(FMI) de até 50 bilhões de euros para ajudar o país.
(Reportagem de Jan Strupczewski e Claire Davenport)
Nenhum comentário:
Postar um comentário