Um grande número de aparelhos eletrônicos chineses falsificados estão sendo usados em equipamentos militares americanos. A informação foi
divulgada em um relatório do Senado americano. O documento trata de uma investigação realizada ao longo de um ano.
Durante esse período, o Comitê do Senado das Forças Armadas descobriu
que um total de 1.800 peças falsificadas foram usadas em aeronaves
militares americanas.
Das mais de 1 milhão de peças tidas como suspeitas, cerca de 70% teriam vindo da China, de acordo com o relatório. O problema foi atribuído às limitações da rede de abastecimento de peças
existente nos Estados Unidos e ao fracasso chinês em conter seu mercado
ilegal. [É assim que os americanos zelam por sua segurança? ...]
Segundo o comitê, a falha em uma peça importante pode ocasionar riscos e
ameaçar a segurança nacional americana, e, além disso, acarretar custos
elevados para o Departamento de Defesa. O documento afirma que os militares americanos dependem de uma série de
''pequenos e incrivelmente sofisticados componentes'' encontrados em
sistemas de visão noturna, rádios e aparelhos de GPS. A falha de uma
única peça poderia colocar um soldado em risco, disse o relatório. O comitê do Senado afirmou ainda que peças falsas foram achadas em
helicópteros SH-60B utilizados pela Marinha, em aviões de carga C-130J e
C-27J e no avião Poseidon P-8A da Marinha. Depois da China, as maiores fontes de peças falsificadas para aviões militares são da Grã-Bretanha, segundo o documento.
Críticas à China
O comitê fez críticas à China por fracassar em conter fabricantes de
peças ilegais. Os senadores disseram ainda que a China não concedeu
vistos para os políticos do comitê que pretendiam realizar investigações
no país. 'Em vez de reconhecer o problema e de tentar de forma agressiva
interromper a ação dos falsificadores, o governo chinês tenta evitar o
escrutínio'', afirmou o comitê. [Esses senadores americanos são ridículos! A troco de quê os chineses vão deixá-los bisbilhotar suas fábricas de peças estratégicas?!]
Mas os senadores concluíram ainda que programas do Departamento de
Defesa, como o Programa de Intercâmbio de Dados de Indústrias e o
Governo (Gidep, na sigla em inglês), que visa rastrear peças
falsificadas, vem ''deixando a desejar''. Entre 2009 e 2010, o Gidep recebeu apenas 217 relatos relativos a
supostas peças falsificadas, a maioria delas vieram de apenas seis
companhias. Somente 13 relatos foram fornecidos por agentes
governamentais.
O documento elogia, no entanto, o Ato de Autorização de Defesa Nacional,
promulgado pelo presidente Barack Obama no final do ano passado para
combater a entrada de peças falsificadas no país e reduzir a
terceirização de componentes de fornecedores desconhecidos.
A divulgação do relatório sobre a China se dá em um momento em que os
Estados Unidos estão procurando intensificar sua estratégia de defesa
para a região Ásia-Pacífico.
O Departamento de Defesa também está se preparando para cortar cerca de
US$ 450 bilhões (R$ 912 bilhões) de seu orçamento ao longo da próxima
década.
Nenhum comentário:
Postar um comentário