Estudo identifica três atividades chaves dessa doença neurodegenerativa.
Cérebro danificado pela doença de Alzheimer (áreas em vermelho) - (Foto: AGE/Fotostock - Fonte: El País).
[Imagens de um cérebro saudável, acima, e de um paciente com Alzheimer,
abaixo, com as placas que caracterizam a doença em vermelho. - (Foto: Daniel Skovronsky via The New York Times - Fonte: UOL Notícias Ciência)]
O Alzheimer é a doença neurodegenerativa mais frequente -- cerca de 800.000 pessoas são afetadas na Espanha --, mas suas causas são uma incógnita e esta é uma dificuldade óbvia para se conseguir seu tratamento [estima-se que no Brasil haja 1,2 milhão de pessoas com Alzheimer e, no mundo, 35,6 milhões]. Com o avanço da genética, buscou-se sua origem na conformação mais profunda das células, mas um estudo publicado na revista Brain pela equipe de Manel Esteller, diretor do Programa de Epigenética e Biologia do Câncer do Instituto de Pesquisas Biomédicas de Bellvitge (Idibell) [em Barcelona] aponta para uma causa algo mais superficial: a epigenética, o sistema que acende ou apaga a atividade dos genes. Na realidade, o estudo aponta para três genes, que se relacionam com a produção de energia dos neurônios, com suas uniões (sinapse) e com a direção de suas "caudas", os axônios.
O trabalho, indica Esteller, possui várias vertentes. Por um lado, atuar sobre a epigenética é mais fácil do que fazê-lo sobre os genes, e isso já se faz em outras doenças neurológicas como a epilepsia. Por outro lado, ao identificar essas três causas se aponta para processos chaves na enfermidade.
Para chegar a essas conclusões, os pesquisadores começaram por dividir o cérebro de ratos em 12 regiões. E logo lhes induziram o Alzheimer, com o que puderam observar as alterações que ali se produziam, principalmente no córtex frontal. Logo se comprovou que essas zonas também estavam modificadas nos cérebros das pessoas portadoras da doença.
Esse sistema trabalhoso permitiu identificar vários genes candidatos, mas ao final a relação mais forte ocorreu naqueles três (há um quarto candidato, no qual o vínculo é menos claro). Com esse método foi possível solucionar algumas dificuldades para se trabalhar com o Alzheimer, como é o fato de que as metilações (as alterações epigenéticas) são muitas e intensas no cérebro, e trabalhar com este órgão é especialmente complicado.
[Aos interessados em saber algo mais sobre Alzheimer sugiro acessar "Dentro do cérebro: Uma viagem interativa", da Alzheimer's Association.]
O trabalho, indica Esteller, possui várias vertentes. Por um lado, atuar sobre a epigenética é mais fácil do que fazê-lo sobre os genes, e isso já se faz em outras doenças neurológicas como a epilepsia. Por outro lado, ao identificar essas três causas se aponta para processos chaves na enfermidade.
Para chegar a essas conclusões, os pesquisadores começaram por dividir o cérebro de ratos em 12 regiões. E logo lhes induziram o Alzheimer, com o que puderam observar as alterações que ali se produziam, principalmente no córtex frontal. Logo se comprovou que essas zonas também estavam modificadas nos cérebros das pessoas portadoras da doença.
Esse sistema trabalhoso permitiu identificar vários genes candidatos, mas ao final a relação mais forte ocorreu naqueles três (há um quarto candidato, no qual o vínculo é menos claro). Com esse método foi possível solucionar algumas dificuldades para se trabalhar com o Alzheimer, como é o fato de que as metilações (as alterações epigenéticas) são muitas e intensas no cérebro, e trabalhar com este órgão é especialmente complicado.
[Aos interessados em saber algo mais sobre Alzheimer sugiro acessar "Dentro do cérebro: Uma viagem interativa", da Alzheimer's Association.]
Nenhum comentário:
Postar um comentário