O impressionante é que essa malta conseguiu gerar um modelito imundo que se acomoda como uma luva em todos os figurinos do variadíssimo caleidoscópio antropomórfico da política brasileira -- as exceções são tão raras e tão poucas, que dá dó.
A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro sempre se distinguiu como uma passarela de destaque e uma incubadora de ponta desse tipo de fauna. É palco de cenas bizarras e burlescas, de deixar corado o Pão de Açúcar. Exatamente por isso, é absolutamente desprezada e desrespeitada pela população e é palco de invasões reincidentes de marginais que simulam descontentamento, mas que no fundo gostam de ali estar porque se sentem em casa.
No burburinho das manifestações de rua que varrem o país -- que, infelizmente, estão celeremente se transformando em puro vandalismo -- nossos deputados estaduais esboçaram um leve surto de decência, ameaçando votar uma lei que proíbe a presença de mascarados nessas manifestações. Mas, obviamente, esse arroubo de higiene moral e cívica foi fogo de palha e logo se extinguiu. O choque ético-cultural e a providencial presença de baderneiros boçais nas galerias foram o bastante para que nossos desfibrados deputados recuassem e adiassem a votação do projeto de lei. E a cidade vai continuar sendo uma ilha que se apequena cada vez mais, cercada e pressionada por marginais que só se diferenciam entre si no detalhe de vestir ou não uma máscara explícita.
Uma cena lamentável que infelizmente está se transformando no retrato oficial de nossas manifestações de rua: um bando de idiotas, boçais, baderneiros e covardes que não têm coragem de mostrar o rosto e destroem tudo que encontram pela frente, inclusive a democracia. - (Foto: Veja). - Ver postagem anterior.
Nenhum comentário:
Postar um comentário