José Serra sonda partidos para disputa em 2014.
Quem viu o inesquecível filme "Convidado Trapalhão" (1968), com Peter Sellers, certamente irá lembrar-se de uma cena antológica em que ele faz o papel do corneteiro de um exército em guerra. Incorporando o papel do militar heróico, recusa-se a morrer e insiste em continuar soprando sua corneta pois mais tiros que leve. Depois de um certo tempo, seus próprios camaradas de tropa atiram contra ele porque não aguentavam mais ouví-lo tocar.
A política nacional e, mais especificamente, o PSDB, já têm seu corneteiro trapalhão e renitente: José Serra. Por mais surra que leve nas urnas, o homenzinho continua soprando a corneta de sua candidatura à Presidência da República, se lixando para a saturação do ouvido e da paciência alheios. Inexoravelmente antipático e com uma fisionomia que é um misto de Tio Chico (da Família Addams) e Nosferatu (do filme de mesmo nome, baseado em romance de Bram Stoker), esse cidadão está sempre com uma cara de quem está incomodado porque o fraldão vazou.
Tio Chico (Família Addams) - (Foto: Google).
Nosferatu - (Foto: Google).
A gênese fisionômica de José Serra (quanto ao perfil ...).
O bizarro é que o cara tem bom currículo, foi bom governador e ótimo ministro da Saúde, mas nas campanhas e nos debates com o NPA e Dona Dilma foi um fracasso. Faltou-lhe "aquilo". Extremamente egoísta e fanático pelo próprio umbigo, Serra mostrou-se nas duas campanhas perdidas um sujeito falso, covarde e desleal, omitindo-se de qualquer arremedo de defesa do legado de FHC. Ele simplesmente apagou-se nos debates, pífio no ataque e omisso na defesa. Um desastre, premiado com duas derrotas.
Agora, ele se mexe novamente para voltar a ser candidato em 2014 contra Dona Dilma. Para isso, já fez procissão ao Congresso, onde beijou as mãos e as faces de gregos, troianos e fariseus (não sei se houve lava-pés), já cortejou outros partidos, e já fez bico e bateu os pés porque quer a tal prévia interna no PSDB para que o partido escolha entre ele e Aécio Neves, mesmo depois do partido ter eleito o senador mineiro como seu candidato. Com seu projeto político exclusiva e unicamente pessoal, Serra é um dos principais responsáveis pela falta de coesão da oposição no país.
Alguém precisa lembrar-lhe que já era, que está morto p'ra política e fazer uma vaquinha para seu enterro cívico. Garanto que não faltará corneteiro para o toque de silêncio.
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