[O dia em que alguém tiver tempo, paciência e liberdade para quantificar as incontáveis besteiras e mentiras de nossa supersimpática Dona Dilma no setor elétrico, principalmente a partir de seu biênio no MME-Ministério de Minas e Energia (2003-2005), o Brasil cairá de costas em seu berço esplêndido. Se incluir as mancadas no gás e no petróleo e os rombos na Petrobras, aí então!... Basta dar uma olhada nos marcadores "Setor Elétrico" (ver por exemplo, esta postagem) e "Petrobras" do blogue. A história fantástica e quase inacreditável da vez (só não o é de todo porque fazer sandices deixou de ser raridade no setor elétrico sob o jugo da nossa doce ex-guerrilheira) é a denúncia do jornalista Daniel Rittner publicada pelo jornal Valor Econômico de ontem e reproduzida no site do Ilumina - Instituto de Desenvolvimento Estratégico do Setor Energético. No texto abaixo, tirado deste último site, os negritos são de responsabilidade do Ilumina.]
Erro de ministério limita o uso da energia do Madeira
Daniel Rittner/De Brasília
Um
grave erro de planejamento do Ministério de Minas e Energia impedirá
que parte da energia produzida até o fim do ano pelas duas usinas do rio
Madeira, em Rondônia, seja escoada para o restante do país. Se
toda a geração de Santo Antônio e de Jirau for transmitida para o
sistema interligado nacional, há risco de queima das turbinas
instaladas, o que causaria prejuízos gigantescos. Juntos, os dois
empreendimentos estão orçados em quase R$ 30 bilhões. A restrição só
será resolvida em dezembro, com a instalação de equipamentos que estavam
fora do projeto original das usinas. Enquanto isso, a alternativa é
limitar o escoamento a um nível muito inferior ao previsto.
Os sistemas de supervisão e controle dos equipamentos das usinas e do complexo de transmissão não são compatíveis. A
falha foi detectada no fim de 2010, mas só em junho deste ano ela
apareceu em um documento público: a ata do Comitê de Monitoramento do
Setor Elétrico. Na reunião, a Agência Nacional de Energia Elétrica
(Aneel) registra "preocupação" com carta recebida do Operador Nacional
do Sistema Elétrico (ONS) na qual o problema é relatado. Até então, a
falha vinha sendo tratada por meio de ofícios, sem divulgação pública, provocando constrangimento entre as empresas envolvidas e órgãos do governo em torno da dimensão do erro identificado.
Dos 3.030 MW de potência instalada até dezembro nas duas usinas, conforme a previsão original das empresas, apenas 1.100 MW poderão ser efetivamente destinados ao abastecimento. Caso haja tentativas de escoar mais energia do que esse limite operacional, as turbinas das hidrelétricas correm o risco de queimar. São essas restrições, não previstas no planejamento, que pegaram as empresas de surpresa e levarão ao desperdício de parte da energia.
Esse desperdício só não será tão grande por causa de uma circunstância
que também não pode ser motivo de comemoração: houve atraso nas obras de
geração. As duas usinas continuam em obras, com suas turbinas entrando
gradualmente em operação. Com esse atraso, as hidrelétricas do Madeira
deverão estar com pouco mais de 2 mil MW de potência instalada até o fim
do ano. E as turbinas já em funcionamento não poderão ser acionadas a
plena carga, porque dezembro ainda não é o pico do período chuvoso,
atenuando os efeitos do erro de planejamento do governo.
Comentários do Ilumina:
Além
do erro básico de estudo de queda que faz com que o remanso de uma
usina “afogue” o canal de fuga da usina a montante, agora mais um
absurdo. Erros de coordenação de equipamentos de controle impedem o
escoamento do total da energia das usinas.
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