"Roma caput mundi -- regit orbis frena rotundi" (Roma é a capital do mundo-- comanda as rédeas do orbe redondo) -- máxima medieval.
Poder-se-ia dizer que Marte, o deus da guerra, estava no berço de Roma, uma vez que segundo a lenda ele era o responsável pelo que se encontrava nesse berço: os gêmeos Rômulo e Remo. Marte era considerado oficialmente o pai deles. Como acontece frequentemente nas lendas heróicas, os dois recém-nascidos estavam no caminho de um usurpador, representavam uma ameaça para seu tio-avô, Amúlio, que por essa razão os abandonou nas margens do rio Tibre. Uma loba os encontrou e os adotou, uma vez que tinha perdido suas próprias crias. Os gêmeos seriam posteriormente descobertos pelo pastor Fáustulo, que com sua mulher os criou. O acaso ou a divina providência levou-os à corte real em Alba Longa, onde reconheceram o seu avô, Numitor, assassinaram logo Amúlio e devolveram o trono a Numitor. Como é próprio dos heróis, planejaram fundar uma cidade. Rômulo queria fundá-la numa colina chamada Palatino, enquanto Remo preferia a vizinha Colina do Aventino. Quando Rômulo iniciou os trabalhos, a 21 de abril de 753 a.C., construindo uma muralha em redor do local destinado à sua cidade, Remo saltou maldosa e imprudentemente por sobre ela, pagando com a vida essa futilidade. Rômulo deu seu próprio nome à cidade: Roma.
A história corresponde a uma verdadeira lenda heróica e menciona até uma data exata para a fundação da cidade. No entanto, trata-se que recebeu sua forma canônica muito tempo depois. O início de Roma, como aconteceu frequentemente com as colonizações antigas, está ocultado na obscuridadeda pré-história. Nem sequer se pode afirmar que haja indícios de que esse local nas margens do Tibre, a 30 km da costa, seria realmente o local de nascimento de uma futura potência mundial.
Nas artes visuais, os primeiros vestígios da lenda de Rômulo e Remo com a loba terão tido início pelo menos no século 3 a.C. Uma moeda de prata de 269 a.C. mostra a Lupa Romana cuidando atentamente dos gêmeos.
Rômulo e Remo amamentados pela loba romana (cerca de 269 a.C.). Didracma de prata. Museo Nazionale Romano, Palazzo Massimo, Roma. - (Foto: Wikipédia).
No seus avanços e conquistas militares os romanos vencedores, assim como outros que os seguiram em conquistas semelhantes, retiraram grandes quantidades de obras de arte dos povos conquistados e exibiram-nas à sua espantada população durante desfiles triunfais. As villas, casas dos romanos poderosos, tornaram-se depósitos de arte e de imagens gregas.
Personificações das regiões de Macedônia e Pérsia da Villa Boscoreale (cerca de 50-40 a.C.). Pintura mural, Nápoles, Museo Archeologico Nazionale. -(Foto: Google).
Cabeça do imperador Augusto (1ª metade do século 1 d.C.). Vidro, altura 49 cm. Baseada na arte clássica grega, ou mais especificamente nos retratos do artista grego por excelência, Policleto. Römisch-Germanisches Museum, Colônia (Alemanha). - (Foto: Google).
Cabeça colossal de Constantino, o Grande (cerca de 335 d.C. ou posterior). Bronze, altura 185 cm. Musei Capitolini, Palazzo deiConservatori, Roma. - (Foto: Google).
A loba capitolina (lupa capitolina), o venerado símbolo de Roma, foi fundida numa oficina italiana, provavelmente etrusca. Não obstante os elementos formais que que lembram as esculturas etruscas de barro, as influências da arte grega não podem ser negadas, um fato não de todo surpreendente nos primeiros anos do século 5 a.C. Pelo menos desde o século 10 a loba encontrava-se no Palácio de Latrão, onde Dante a viu por volta de 1300. Em 1471 a loba de bronze foi levada para a Colina Capitolina -- em 1510 lhe foram acrescentados os dois gêmeos, que são provavelmente da autoria de Antonio del Pollaiuolo. A estátua encontra-se no local atual desde 1921. - (Foto: Google).
Brutus Capitolino (4°-3° século a.C.). Bronze, 69 cm (altura total), doado em 1564 ao museu pelo cardeal Pius da Carpi. Um dos raros exemplos de obras de arte que datam dos primeiros anos da República romana. A identificação da estátua com Junius Brutus, primeiro cônsul romano, não tem fundamento. Musei Capitolini, Palazzo dei Conservatori, Roma. - (Foto: Musei Capitolini).
Estátua de um homem chamado Arringatore (data desconhecida), foi obtida por Cosme I de Medici em 1556 e levada para Florença (cerca 100 a.C.). Representa Aulo Metelo -- uma inscrição etrusca fornece seu nome -- e terá provavelmente pertencido a um templo, onde terá sido colocado por decreto público. Não é claro se era um magistrado etrusco ou um cidadão romano de origem etrusca; é apresentado com uma veste tradicional romana. Bronze, 179 cm. Museo Archeologico Nazionale, Florença. - (Foto: do Museu).
Decoração mural em perspectiva enganosa (trompe l'oeil) da Villa Boscoreale, 2ª metade do século 1 a.C. Pintura mural em estuque. The Metropolian Museum of Art, Nova Iorque. - (Foto: Google).
Quarto de dormir (2,65 x 3,34 x 5,84 m) da Villa de P. Fannius Synistor em Boscoreale (ca. 50-40 a.C.). Afresco. The Metropolitan Museum of Art. - (Foto: do Museu).
Pintura de parede (afresco, 1,87 x 1,87 m) do quarto H da Villa de P. Fannius Synistor em Boscoreale (ca. 50-40 a.C.). The Metropolitan Museum of Art. - (Foto: do Museu).
Exuberante afresco (representando um jardim) que cobria as paredes de um cômodo semissubterrâneo, provavelmente um triclinio (sala de jantar) fresco para banquetes de verão na villa de Livia Drusilla, mulher do imperador Augusto. Realizado no chamado "segundo estilo", é o exemplo mais antigo (30-20 a.C.) de pintura de paisagem de jardim contínua (11,70 x 2,72 m). Museo Nazionale Romano (Termas de Diocleciano). - (Foto: Google).
Afresco da Villa dos Mistérios, Pompeia, feito no chamado "segundo estilo" das pinturas romanas (séc. 1 a.C.). - (Foto: Wikipedia).
Cena da vida de Íxion (data desconhecida), Casa dos Vetti, Pompeia. - (Foto: Wikipedia).
Pantera e cobra (afresco, data desconhecida). Museo Archeologico Nazionale, Nápoles. - (Foto: IAC - Imagens da Antiguidade Clássica, USP - SP).
Marte toca o seio de Vênus e é observado por Cupido. Afresco de "terceiro estilo", data desconhecida. Museo Archeologico Nazionale, Nápoles. -
(Foto: IAC - Imagens da Antiguidade Clássica, USP - SP).
A família de Setímio Severo (193-211 d.C.), de pintor egípcio ou italiano. Pintura de painel, têmpera sobre madeira, diâmetro 30,5 cm. Trata-se de um caso particular na história a arte romana: é atualmente o único retrato pintado de um imperador romano. Devemos sua existência ao clima seco do Egito. Setímio Severo, pintado com pinceladas rápidas e regulares sobre fundo branco, exibe todas as suas insígnias reais: enverga um traje de cerimônia e uma coroa de louros dourada com jóias incrustadas, e segura um cetro de marfim. Os filhos, Caracala de 12 anos e Geta de 10 (imagem raspada), são representados da mesma forma. A mãe deles, Júlia Dona, exibe um valioso colar e brincos. Esta obra foi provavelmente encomendada por um dos dignatários do Egito, por ocasião da visita da família imperial àquela província em 199 d.C. O rosto de Geta foi destruído depois da damnatio memoriae (extinção da memória) decretada pelo seu irmão e assassino Caracala. Staatliche Museen zu Berlin. Stiftung Preussischer Kulturbesitz, Antikesammlung, Berlim. - (Foto: Google).
Retrato de uma mulher mumificada, provalmente oriundo do cemitério de Er-Rubayat, no oásis de Al-Fayum no baixo Egito, do período romano (cerca de 160-170 d.C.). Dimensões: 44,3 cm de altura e 20,4 cm de largura. Infelizmente, a maioria dos retratos de pessoas mumificadas foi separada das múmias a que correspondia, impedindo sua identificação. Este retrato é uma mais belas peças provenientes de Er-Rubayat. É diferente da maioria das peças semelhantes desse local, por usar outra madeira que o carvalho e utilizar para a pintura a encáustica, em vez da têmpera. A mulher usa uma guirlanda de folhas dourada, veste uma inusitada túnica azul-violeta com margens douradas, uma manta branca, brincos de esmeralda encrustada em ouro e pingentes de pérolas, e um colar com uma esmeralda grande e uma pedra vermelha (talvez cornalina, um tipo de ágata) e muito ouro -- tudo isso indica que a retratada pertencia à alta elite romana. The British Museum, Londres. - (Foto: do Museu).
Mosaico de Pompeia representando alguns dos jogos inaugurais do Coliseu (data desconhecida). - (Foto: Wikipédia).
Briga de galos, entre as personificações da Vitória e da Derrota. Mosaico da Casa do Labirinto, Pompeia (data desconhecida). Museo Archeologico Nazionale, Nápoles. -
(Foto: IAC - Imagens da Antiguidade Clássica, USP - SP).
Festão com máscaras, folhas e frutos. Mosaico da Casa do Fauno, Pompeia (data desconhecida).
Museo Archeologico Nazionale, Nápoles. -
(Foto: IAC - Imagens da Antiguidade Clássica, USP - SP).
Mosaico com emblema policromático com cabeça de Medusa (data desconhecida). Casa das Vestais, Pompeia. Museo Archeologico Nazionale, Nápoles. -
(Foto: IAC - Imagens da Antiguidade Clássica, USP - SP).
Detalhe de mosaico romano descoberto em abril de 2011 na Villa Romana del Casale, Sicília (data desconhecida). - (Foto: do link citado).
Mosaico romano, de piso, encontrado em 1996 na cidade israelense de Lod, situada próxima a Tel Aviv, quando da construção de uma rodovia. Lod é a antiga Lydda, que foi destruída pelos romanos em 66 d.C. durante a Guerra Judaica. Refundada por Adriano como Diospolis, recebeu o status de uma colônia romana sob o governo de Setímio Severo no ano 200 d.C. e foi conquistada pelos árabes em 636 d.C. Supõe-se que os mosaicos tenham sido colocados por volta de 300 d.C. - (Foto: The Metropolitan Museum of Art).
Detalhes do mosaico acima. - (Foto: The Metropolitan Museum of Art).
Outro mosaico romano encontrado em Lod. - (Foto: The Metropolitan Museum of Art).
Detalhe do mosaico acima. - (Foto: The Metropolitan Museum of Art).
Mosaico emblema com gato e patos (data desconhecida). Museo Nazionale Romano - Palazzo Massimo alle Terme, Roma. - (Foto: IAC - Imagens da Antiguidade Clássica, USP - SP).
Bracelete de ouro em forma de serpente, séc. 1 d.C., 7,62 cm de diâmetro, de Pompeia. British Museum, Londres. - (Foto: do Museu).
Pingente hexagonal dourado, tendo ao centro uma moeda (um "soldo") com a efígie de Constantino, o Grande (92 mm de diâmetro). Ano 321 d.C. The British Museum, Londres. - (Foto: do Museu).
Colar romano, séc. 1 d.C., Pompeia. - (Fonte: livro "Arte Romana/Foto: Google).
Jarro de vidro azul marinho translúcido e vidro de camafeu (cameo glass) opaco branco, com boca em trevo, provavelmente feito em Roma (ca. 25-50 d.C.). Encontrado em Pompeia entre 1830 e 1832. The British Museum, Londres. - (Foto: do Museu).
Taça de beber (romana) de Licurgo, feita em vidro nas cores verde e vermelha, coberta com várias cenas representando a morte do Rei Licurgo e detalhes em prata (séc. 4 d.C.), autor desconhecido. O violento Licurgo, rei de Trácia, capturou Dionísio (Baco) durante um desfile e conduziu o deus do vinho para o oceano. Depois, foi atrás das Ménades, uma das quais, Ambrosia, pediu ajuda à sua mãe, Gaia (a Mãe-Terra), que abriu uma fenda na qual Ambrosia desapareceu mas depois reapareceu como uma trepadeira falante em honra de Dionísio (Baco). Ela zombou de Licurgo e prendeu-o com suas gavinhas. Depois, as outras Ménades cercaram-no e torturaram-no. As imagens dessa taça capturam momentos dessa lenda: Ambrosia pedindo ajuda à mãe, enquanto Dionísio com Pã e um leopardo lá estão, prontos para a vingança. Licurgo aparece nu e barbado, preso pelos ramos da videira. Altura: 158,8 mm e diâmetro máximo 132 mm. The British Museum, Londres. - (Foto: do Museu).
Estátua em mármore (restaurada) de uma Amazona ferida (sec. 1-2 d.C.) (altura: 2,04 m). Cópia de uma estátua grega em bronze de cerca de 450-425 a.C.. O escritor romano Plínio, o Velho descreveu uma competição realizada em meados do séc. 5° a.C. entre cinco escultores (incluindo Phidias, Polykleitos e Kresilas), para a execução de uma estátua de uma Amazona ferida para o grande templo de Artemis, em Éfeso. Essa estátua é geralmente associada àquela competição.
The Metropolitan Museum of Art. - (Foto: do Museu).
Estátua em mármore de uma idosa (14-68 d.C.) (1,26 m de altura). Cópia romana de uma estátua grega que pode ter sido colocada em um templo de Dionísio, a cópia romana pode ter decorado um jardim. The Metropolitan Museum of Art. - (Foto: do Museu).
Apolo com cítara, mármore, primeira metade do séc. 1 d.C. Cópia de um original grego, extensamente restaurado no século 17. Museo Nazionale Romano, Palazzo Altemps. - (Foto: Wikipedia).
Adriano com armadura (data desconhecida). Museo Archeologico Nazionale, Nápoles. -
(Foto: IAC - Imagens da Antiguidade Clássica, USP - SP).
Antonio Pio com armadura (data desconhecida). Museo Archeologico Nazionale, Nápoles. -
(Foto: IAC - Imagens da Antiguidade Clássica, USP - SP).
Caracalla (cerca de 212-215 d.C.). Museo Archeologico Nazionale, Nápoles. -
(Foto: IAC - Imagens da Antiguidade Clássica, USP - SP).
Marco Aurélio jovem (147-151 d.C.). Museo Archeologico Nazionale, Nápoles. -
(Foto: IAC - Imagens da Antiguidade Clássica, USP - SP).
Setímio Severo (cerca 204 d.C.). Museo Archeologico Nazionale, Nápoles. -
(Foto: IAC - Imagens da Antiguidade Clássica, USP - SP).
Togatus Barberini, autor desconhecido (cerca de 1,80 m de altura). Retrato de um romano, mais notável em seus atributos que em sua arte. Envergando uma toga larga e cuidadosamente arranjada, que foi uma vez elevada ao status de uniforme do Estado com Augusto, e usando calçado típico, o calcei, este homem é apresentado como senador. Transporta nas mãos dois bustos de homens com idades diferentes. A mais corpulenta das duas cabeças, a da esquerda, é provavelmente a do homem mais velho. Esse bustos são imagines, retratos de seus próprios antepassados -- neste caso, são provavelmente o pai e o avô. Este costume era particularmente romano e desempenhava um papel importante na criação do retrato romano -- representações semelhantes eram desconhecida na Grécia, o grande modelo da linguagem artística romana. Esse ius imaginis, o direito de apresentar imagens durante a procissão fúnebre de um parente, era permitido apenas aos membros da aristocracia e às famílias que já tinham tido um senador em seu seio. Musei Capitolini, Roma. - (Foto: Google).
Júlio César, autor desconhecido. Musei Vaticani, Roma. - (Foto: IAC - Imagens da Antiguidade Clássica, USP - SP).
Busto de Cícero, escultor desconhecido (cerca de 50-43 a.C.). Mármore, Galleria dei Uffizi, Florença. Retrata uma das pessoas mais importantes da Antiguidade: o advogado, estadista, orador e filósofo Marco Túlio Cícero (106-43 a.C.). Era membro da ordem equestre, não era originário de Roma, e era um novus homo, i. e., o primeiro homem da sua família a chegar a senador e a ocupar o cargo de cônsul, o posto mais elevado do Estado romano. O seu destino é sintomático de muitas biografias durante as convulsões do final da República, e a sua frequente troca de amizades e inimizades que terminaram no assassinato de César, a luta pelo poder entre Marco Antonio e o jovem Otaviano, e o início do período imperial romano. Cícero já não estava vivo para testemunhar a vitória de Otaviano. - (Foto: Google).
Augusto de Prima Porta, autor desconhecido. Não há dúvida de que esta representação de Augusto, descoberta em 1863, é uma das obras de arte mais famosas da Antiguidade Romana. Não se trata apenas do excelente estado de conservação da estátua, mas também do rico relevo ornamental da armadura do governante, assim como do local onde foi encontrada. Ela esteve outrora no terraço de um jardim na Villa de Livia Drusilla (mulher de Augusto) ao norte de Roma, com vista para o Tibre. Há uma corrente de eruditos que acredita que essa estátua de mármore seja cópia de um original perdido feito de bronze, ou possivelmente dourado ou prateado, inicialmente colocado no centro de Roma. Augusto é apresentado como imperador, com seu traje militar. É possível que segurasse um ramo de louro -- o símbolo do vitorioso -- na mão direita estendida. É provável que segurasse uma lança na mão esquerda. No centro da armadura podemos ver o retorno dos padrões militares romanos perdidos por Crasso durante sua campanha contra os Partos. Musei Vaticani, Roma. - (Foto: IAC - Imagens da Antiguidade Clássica, USP - SP).
Ara Pacis Augustae (Altar da Paz de Augusto, ou Paz Augustiana), possivelmente de artistas gregos (as duas fotos acima -- a segunda foto mostra detalhe do lado esquerdo da fachada do altar). Em mármore; dimensões da área sagrada: 11,60 x 10,60 m, área de implantação do altar: 6 x 7 m. No relato público de seus feitos, Augusto explica que depois do seu regresso vitorioso das províncias da Hispânia e da Gália o Senado decidiu "consagrar como agradecimento pelo meu regresso um altar de paz augustiana no Campo de Marte, onde os oficiais, sacerdotes e Virgens Vestais fazem um sacrifício todos os anos por ordem do Senado". Esse altar, prometido em 13 a.C. e consagrado em 9 a.C. -- foi descoberto durante escavações e em grande parte reconstruído -- pode ser considerado um hino ao Princeps (título dado pela primeira vez a Augusto e, posteriormente, a todos os demais imperadores romanos -- a palavra latina significa "o primeiro no tempo ou na ordem; o primeiro, o principal, o mais eminente, distinto ou nobre") e à sua família, à história de Roma e à "idade de ouro" que surgiu com a Pax Augustae -- a paz augustiana. - (Foto: Google).
Estátua de mármore de Marte "Pirro" (séc.1 d.C.) ou Marte Ultore (Marte Vingador), encontrada no Fórum Nerva em Roma e hoje colocada no átrio dos Museus Capitolinos de Roma. Altura: 3,60 m. A identificação com Pirro, o famoso rei de Épiro, deve-se apenas à presença de elefantes nas barras de sua vestimenta. - (Foto: Google).
Hécules Farnese, de Glycon Athenaios Epoeiei (Glícon de Atenas). Estátua colossal de mármore: 3,17 m de altura (2,92 m sem o pedestal), 36 toneladas, 13 m³ de mármore. O Hércules Farnese é "apenas" uma cópia do original perdido, mas atesta a alta qualidade de quem o executou. O Hércules romano, ou melhor o Héracles grego, encontra-se de frente para o espectador com a cabeça ligeiramente voltada para o lado. Sem um conhecimento exato da anatomia humana, sem um conhecimento da reação dos músculos quando sob tensão ou relaxados a realização dessa obra seria impossível. A mão direita está atrás das costas -- nelas Hércules segura as maçãs das Hespérides, os troféus de seu último trabalho que lhe prometia a eternidade. Foi colocado nas Termas de Caracala em 230 d.C. - (Foto: Google).
Estátua equestre de Marco Aurélio, autor desconhecido (161-180 d.C.). Bronze dourado (4,24 m de altura, 3,87 m de comprimento). Musei Capitolini, Roma (réplica da estátua da Piazza del Campidoglio). - (Foto: do Museu).
Decoração do sarcófago "Grande Ludovisi" (autor desconhecido), séc. 3 d.C. Em mármore (dimensões: 2,73 m de comprimento, 1,37 m de largura e 1,53 m de altura), representa a batalha entre romanos e bárbaros. A primeira impressão é a de uma luta caótica. No entanto, depois de uma observação mais cuidadosa, é possível reconhecer que cada guerreiro, cada grupo, tem um adversário ou correlativo. Os bárbaros estão quase exclusivamente representados na parte inferior do friso -- estão mortos ou feridos, e são mostrados resistindo ou rendendo-se. As barbas grosseiras e os cabelos longos realçam sua selvageria. Os romanos são claramente superiores. O comandante militar ainda jovem, no seu cavalo de batalha, surge como se fosse de outro mundo naluta, olhando para o infinito, com o braço direito levantado numa saudação de triunfo. O guerreiro vitorioso tem as características faciais do falecido. Museo Nazionale Romano, Palazzo Altemps, Roma.
Arco de Constantino, o Grande, concluído em 315 d.C. Dos três arcos sobreviventes de Roma, em honra de Tito, Setímio Severo e Constantino, o Grande, este último, erigido perto do Coliseu, é o mais importante. A descrição que se conservou atesta que o Senado e o povo de Roma dedicaram este arco de triunfo (arcum triumphis) ao imperador César Flávio Constantino Máximo Pio Félix Augusto em gratidão pelo sucesso da vingança sobre o tirano e seus seguidores. O tirano era Magêncio, que tinha sido morto na batalha da Ponte Mílvia, fora das portas de Roma, em 28 de outubro de 312 d.C. O arco só foi inaugurado em 25 de julho de 315 d.C., no décimo ano do reinado de Constantino. A decoração do Arco é constituída de obras de épocas diferentes envolvendo outros imperadores, como por exemplo Adriano, cujos traços fisionômicos nas imagens circulares -- de mais de 2 m de diâmetro -- foram transformados para criar retratos de Constantino e Licínio, que na época era corregente. Os 4 relevos próximos da inscrição -- com mais de 3 m de altura e flanqueados por guerreiros dácios agrilhoados -- faziam parte de um arco para o imperador Marco Aurélio. No passado, os especialistas tentaram explicar a reutilização de obras de arte mais antigas no Arco de Constantino pela carência de boas oficinas de escultura em Roma e pela morte da cultura artesã, uma vez que a cidade não era mais o verdadeiro centro da corte imperial, o que por sua vez queria dizer que existiam poucos clientes ricos para encomendar obras. Atualmente, os especialistas inclinam-se mais a pensar que que essa reutilização representa uma tentativa por parte de Constantino para se identificar com imperadores como Trajano, Adriano e Marco Aurélio, cujos reinados podiam ser usados como modelos para a sua própria era. - (Foto: Google).
Estátua de um homem chamado Arringatore (data desconhecida), foi obtida por Cosme I de Medici em 1556 e levada para Florença (cerca 100 a.C.). Representa Aulo Metelo -- uma inscrição etrusca fornece seu nome -- e terá provavelmente pertencido a um templo, onde terá sido colocado por decreto público. Não é claro se era um magistrado etrusco ou um cidadão romano de origem etrusca; é apresentado com uma veste tradicional romana. Bronze, 179 cm. Museo Archeologico Nazionale, Florença. - (Foto: do Museu).
Decoração mural em perspectiva enganosa (trompe l'oeil) da Villa Boscoreale, 2ª metade do século 1 a.C. Pintura mural em estuque. The Metropolian Museum of Art, Nova Iorque. - (Foto: Google).
Quarto de dormir (2,65 x 3,34 x 5,84 m) da Villa de P. Fannius Synistor em Boscoreale (ca. 50-40 a.C.). Afresco. The Metropolitan Museum of Art. - (Foto: do Museu).
Pintura de parede (afresco, 1,87 x 1,87 m) do quarto H da Villa de P. Fannius Synistor em Boscoreale (ca. 50-40 a.C.). The Metropolitan Museum of Art. - (Foto: do Museu).
Exuberante afresco (representando um jardim) que cobria as paredes de um cômodo semissubterrâneo, provavelmente um triclinio (sala de jantar) fresco para banquetes de verão na villa de Livia Drusilla, mulher do imperador Augusto. Realizado no chamado "segundo estilo", é o exemplo mais antigo (30-20 a.C.) de pintura de paisagem de jardim contínua (11,70 x 2,72 m). Museo Nazionale Romano (Termas de Diocleciano). - (Foto: Google).
Afresco da Villa dos Mistérios, Pompeia, feito no chamado "segundo estilo" das pinturas romanas (séc. 1 a.C.). - (Foto: Wikipedia).
Cena da vida de Íxion (data desconhecida), Casa dos Vetti, Pompeia. - (Foto: Wikipedia).
Pantera e cobra (afresco, data desconhecida). Museo Archeologico Nazionale, Nápoles. - (Foto: IAC - Imagens da Antiguidade Clássica, USP - SP).
Marte toca o seio de Vênus e é observado por Cupido. Afresco de "terceiro estilo", data desconhecida. Museo Archeologico Nazionale, Nápoles. -
(Foto: IAC - Imagens da Antiguidade Clássica, USP - SP).
A família de Setímio Severo (193-211 d.C.), de pintor egípcio ou italiano. Pintura de painel, têmpera sobre madeira, diâmetro 30,5 cm. Trata-se de um caso particular na história a arte romana: é atualmente o único retrato pintado de um imperador romano. Devemos sua existência ao clima seco do Egito. Setímio Severo, pintado com pinceladas rápidas e regulares sobre fundo branco, exibe todas as suas insígnias reais: enverga um traje de cerimônia e uma coroa de louros dourada com jóias incrustadas, e segura um cetro de marfim. Os filhos, Caracala de 12 anos e Geta de 10 (imagem raspada), são representados da mesma forma. A mãe deles, Júlia Dona, exibe um valioso colar e brincos. Esta obra foi provavelmente encomendada por um dos dignatários do Egito, por ocasião da visita da família imperial àquela província em 199 d.C. O rosto de Geta foi destruído depois da damnatio memoriae (extinção da memória) decretada pelo seu irmão e assassino Caracala. Staatliche Museen zu Berlin. Stiftung Preussischer Kulturbesitz, Antikesammlung, Berlim. - (Foto: Google).
Retrato de uma mulher mumificada, provalmente oriundo do cemitério de Er-Rubayat, no oásis de Al-Fayum no baixo Egito, do período romano (cerca de 160-170 d.C.). Dimensões: 44,3 cm de altura e 20,4 cm de largura. Infelizmente, a maioria dos retratos de pessoas mumificadas foi separada das múmias a que correspondia, impedindo sua identificação. Este retrato é uma mais belas peças provenientes de Er-Rubayat. É diferente da maioria das peças semelhantes desse local, por usar outra madeira que o carvalho e utilizar para a pintura a encáustica, em vez da têmpera. A mulher usa uma guirlanda de folhas dourada, veste uma inusitada túnica azul-violeta com margens douradas, uma manta branca, brincos de esmeralda encrustada em ouro e pingentes de pérolas, e um colar com uma esmeralda grande e uma pedra vermelha (talvez cornalina, um tipo de ágata) e muito ouro -- tudo isso indica que a retratada pertencia à alta elite romana. The British Museum, Londres. - (Foto: do Museu).
Mosaico de Pompeia representando alguns dos jogos inaugurais do Coliseu (data desconhecida). - (Foto: Wikipédia).
Briga de galos, entre as personificações da Vitória e da Derrota. Mosaico da Casa do Labirinto, Pompeia (data desconhecida). Museo Archeologico Nazionale, Nápoles. -
(Foto: IAC - Imagens da Antiguidade Clássica, USP - SP).
Festão com máscaras, folhas e frutos. Mosaico da Casa do Fauno, Pompeia (data desconhecida).
Museo Archeologico Nazionale, Nápoles. -
(Foto: IAC - Imagens da Antiguidade Clássica, USP - SP).
Mosaico com emblema policromático com cabeça de Medusa (data desconhecida). Casa das Vestais, Pompeia. Museo Archeologico Nazionale, Nápoles. -
(Foto: IAC - Imagens da Antiguidade Clássica, USP - SP).
Detalhe de mosaico romano descoberto em abril de 2011 na Villa Romana del Casale, Sicília (data desconhecida). - (Foto: do link citado).
Mosaico romano, de piso, encontrado em 1996 na cidade israelense de Lod, situada próxima a Tel Aviv, quando da construção de uma rodovia. Lod é a antiga Lydda, que foi destruída pelos romanos em 66 d.C. durante a Guerra Judaica. Refundada por Adriano como Diospolis, recebeu o status de uma colônia romana sob o governo de Setímio Severo no ano 200 d.C. e foi conquistada pelos árabes em 636 d.C. Supõe-se que os mosaicos tenham sido colocados por volta de 300 d.C. - (Foto: The Metropolitan Museum of Art).
Detalhes do mosaico acima. - (Foto: The Metropolitan Museum of Art).
Outro mosaico romano encontrado em Lod. - (Foto: The Metropolitan Museum of Art).
Detalhe do mosaico acima. - (Foto: The Metropolitan Museum of Art).
Mosaico emblema com gato e patos (data desconhecida). Museo Nazionale Romano - Palazzo Massimo alle Terme, Roma. - (Foto: IAC - Imagens da Antiguidade Clássica, USP - SP).
Bracelete de ouro em forma de serpente, séc. 1 d.C., 7,62 cm de diâmetro, de Pompeia. British Museum, Londres. - (Foto: do Museu).
Pingente hexagonal dourado, tendo ao centro uma moeda (um "soldo") com a efígie de Constantino, o Grande (92 mm de diâmetro). Ano 321 d.C. The British Museum, Londres. - (Foto: do Museu).
Colar romano, séc. 1 d.C., Pompeia. - (Fonte: livro "Arte Romana/Foto: Google).
Jarro de vidro azul marinho translúcido e vidro de camafeu (cameo glass) opaco branco, com boca em trevo, provavelmente feito em Roma (ca. 25-50 d.C.). Encontrado em Pompeia entre 1830 e 1832. The British Museum, Londres. - (Foto: do Museu).
Taça de beber (romana) de Licurgo, feita em vidro nas cores verde e vermelha, coberta com várias cenas representando a morte do Rei Licurgo e detalhes em prata (séc. 4 d.C.), autor desconhecido. O violento Licurgo, rei de Trácia, capturou Dionísio (Baco) durante um desfile e conduziu o deus do vinho para o oceano. Depois, foi atrás das Ménades, uma das quais, Ambrosia, pediu ajuda à sua mãe, Gaia (a Mãe-Terra), que abriu uma fenda na qual Ambrosia desapareceu mas depois reapareceu como uma trepadeira falante em honra de Dionísio (Baco). Ela zombou de Licurgo e prendeu-o com suas gavinhas. Depois, as outras Ménades cercaram-no e torturaram-no. As imagens dessa taça capturam momentos dessa lenda: Ambrosia pedindo ajuda à mãe, enquanto Dionísio com Pã e um leopardo lá estão, prontos para a vingança. Licurgo aparece nu e barbado, preso pelos ramos da videira. Altura: 158,8 mm e diâmetro máximo 132 mm. The British Museum, Londres. - (Foto: do Museu).
Estátua em mármore (restaurada) de uma Amazona ferida (sec. 1-2 d.C.) (altura: 2,04 m). Cópia de uma estátua grega em bronze de cerca de 450-425 a.C.. O escritor romano Plínio, o Velho descreveu uma competição realizada em meados do séc. 5° a.C. entre cinco escultores (incluindo Phidias, Polykleitos e Kresilas), para a execução de uma estátua de uma Amazona ferida para o grande templo de Artemis, em Éfeso. Essa estátua é geralmente associada àquela competição.
The Metropolitan Museum of Art. - (Foto: do Museu).
Estátua em mármore de uma idosa (14-68 d.C.) (1,26 m de altura). Cópia romana de uma estátua grega que pode ter sido colocada em um templo de Dionísio, a cópia romana pode ter decorado um jardim. The Metropolitan Museum of Art. - (Foto: do Museu).
Apolo com cítara, mármore, primeira metade do séc. 1 d.C. Cópia de um original grego, extensamente restaurado no século 17. Museo Nazionale Romano, Palazzo Altemps. - (Foto: Wikipedia).
Adriano com armadura (data desconhecida). Museo Archeologico Nazionale, Nápoles. -
(Foto: IAC - Imagens da Antiguidade Clássica, USP - SP).
Antonio Pio com armadura (data desconhecida). Museo Archeologico Nazionale, Nápoles. -
(Foto: IAC - Imagens da Antiguidade Clássica, USP - SP).
Caracalla (cerca de 212-215 d.C.). Museo Archeologico Nazionale, Nápoles. -
(Foto: IAC - Imagens da Antiguidade Clássica, USP - SP).
Marco Aurélio jovem (147-151 d.C.). Museo Archeologico Nazionale, Nápoles. -
(Foto: IAC - Imagens da Antiguidade Clássica, USP - SP).
Setímio Severo (cerca 204 d.C.). Museo Archeologico Nazionale, Nápoles. -
(Foto: IAC - Imagens da Antiguidade Clássica, USP - SP).
Togatus Barberini, autor desconhecido (cerca de 1,80 m de altura). Retrato de um romano, mais notável em seus atributos que em sua arte. Envergando uma toga larga e cuidadosamente arranjada, que foi uma vez elevada ao status de uniforme do Estado com Augusto, e usando calçado típico, o calcei, este homem é apresentado como senador. Transporta nas mãos dois bustos de homens com idades diferentes. A mais corpulenta das duas cabeças, a da esquerda, é provavelmente a do homem mais velho. Esse bustos são imagines, retratos de seus próprios antepassados -- neste caso, são provavelmente o pai e o avô. Este costume era particularmente romano e desempenhava um papel importante na criação do retrato romano -- representações semelhantes eram desconhecida na Grécia, o grande modelo da linguagem artística romana. Esse ius imaginis, o direito de apresentar imagens durante a procissão fúnebre de um parente, era permitido apenas aos membros da aristocracia e às famílias que já tinham tido um senador em seu seio. Musei Capitolini, Roma. - (Foto: Google).
Júlio César, autor desconhecido. Musei Vaticani, Roma. - (Foto: IAC - Imagens da Antiguidade Clássica, USP - SP).
Busto de Cícero, escultor desconhecido (cerca de 50-43 a.C.). Mármore, Galleria dei Uffizi, Florença. Retrata uma das pessoas mais importantes da Antiguidade: o advogado, estadista, orador e filósofo Marco Túlio Cícero (106-43 a.C.). Era membro da ordem equestre, não era originário de Roma, e era um novus homo, i. e., o primeiro homem da sua família a chegar a senador e a ocupar o cargo de cônsul, o posto mais elevado do Estado romano. O seu destino é sintomático de muitas biografias durante as convulsões do final da República, e a sua frequente troca de amizades e inimizades que terminaram no assassinato de César, a luta pelo poder entre Marco Antonio e o jovem Otaviano, e o início do período imperial romano. Cícero já não estava vivo para testemunhar a vitória de Otaviano. - (Foto: Google).
Hécules Farnese, de Glycon Athenaios Epoeiei (Glícon de Atenas). Estátua colossal de mármore: 3,17 m de altura (2,92 m sem o pedestal), 36 toneladas, 13 m³ de mármore. O Hércules Farnese é "apenas" uma cópia do original perdido, mas atesta a alta qualidade de quem o executou. O Hércules romano, ou melhor o Héracles grego, encontra-se de frente para o espectador com a cabeça ligeiramente voltada para o lado. Sem um conhecimento exato da anatomia humana, sem um conhecimento da reação dos músculos quando sob tensão ou relaxados a realização dessa obra seria impossível. A mão direita está atrás das costas -- nelas Hércules segura as maçãs das Hespérides, os troféus de seu último trabalho que lhe prometia a eternidade. Foi colocado nas Termas de Caracala em 230 d.C. - (Foto: Google).
Estátua equestre de Marco Aurélio, autor desconhecido (161-180 d.C.). Bronze dourado (4,24 m de altura, 3,87 m de comprimento). Musei Capitolini, Roma (réplica da estátua da Piazza del Campidoglio). - (Foto: do Museu).
Arco de Constantino, o Grande, concluído em 315 d.C. Dos três arcos sobreviventes de Roma, em honra de Tito, Setímio Severo e Constantino, o Grande, este último, erigido perto do Coliseu, é o mais importante. A descrição que se conservou atesta que o Senado e o povo de Roma dedicaram este arco de triunfo (arcum triumphis) ao imperador César Flávio Constantino Máximo Pio Félix Augusto em gratidão pelo sucesso da vingança sobre o tirano e seus seguidores. O tirano era Magêncio, que tinha sido morto na batalha da Ponte Mílvia, fora das portas de Roma, em 28 de outubro de 312 d.C. O arco só foi inaugurado em 25 de julho de 315 d.C., no décimo ano do reinado de Constantino. A decoração do Arco é constituída de obras de épocas diferentes envolvendo outros imperadores, como por exemplo Adriano, cujos traços fisionômicos nas imagens circulares -- de mais de 2 m de diâmetro -- foram transformados para criar retratos de Constantino e Licínio, que na época era corregente. Os 4 relevos próximos da inscrição -- com mais de 3 m de altura e flanqueados por guerreiros dácios agrilhoados -- faziam parte de um arco para o imperador Marco Aurélio. No passado, os especialistas tentaram explicar a reutilização de obras de arte mais antigas no Arco de Constantino pela carência de boas oficinas de escultura em Roma e pela morte da cultura artesã, uma vez que a cidade não era mais o verdadeiro centro da corte imperial, o que por sua vez queria dizer que existiam poucos clientes ricos para encomendar obras. Atualmente, os especialistas inclinam-se mais a pensar que que essa reutilização representa uma tentativa por parte de Constantino para se identificar com imperadores como Trajano, Adriano e Marco Aurélio, cujos reinados podiam ser usados como modelos para a sua própria era. - (Foto: Google).
Oi Vasco...Wania me enviou sb seu blog
ResponderExcluirQue maravilha!Para mim ,que gosto muito de aprender e trocar idéias vai ser de uma riqueza enorme.
Sinto falta de vc e Helo...me lembro sempre das musicas que vc gravava..sempre novidades..vc tb ainda acompanha musicas?
Saudades...Ceci