Dada como improvável até há poucos meses atrás, a possibilidade de que a Europa, mais precisamente a União Europeia, possa dar a volta por cima na crise aberta pelas dificuldades financeiras da Grécia há pouco mais um ano torna-se uma hipótese não de todo excluível. Fortes esperanças repousam sobre o "pacto de competitividade" que a Alemanha, apoiada pela França, teria apresentado ontem aos seus parceiros quando da reunião do conselho europeu em Bruxelas -- estima-se que ele se constitua em um momento importante da construção europeia.
Mesmo que a expressão, demasiado francesa, de "governança econômica" não faça parte do vocabulário atual em Berlim, é bem disso que se trata. O pacto visa promover uma série de compromissos, pelo menos entre os 17 países da zona do euro, e idealmente em toda a Europa, sobre uma convergência de políticas salariais, de taxação de empresas, de evolução dos regimes de aposentadoria, do endividamento público, etc. -- Quando vem à mente o comportamento receioso com que a chanceler Angela Merkel foi em socorro da Grécia na primavera de 2010, não se pode deixar de ficar surpreso -- e satisfeito -- com a evolução do governo alemão. Leia mais.
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