No momento em que o aterro sanitário de Gramacho, no Rio, é considerado como tendo atingido a saturação e por isto será desativado, os americanos, ainda a sociedade mais rica e consumista do mundo, começa a manifestar preocupação com a disponibilidade de espaço para seu lixo, é o que revela artigo da revista Green Lantern publicado no dia 15.
Dos anos 1920 até meados dos anos 1970 o lixo doméstico dos americanos terminava em aterros sanitários, nada mais que crateras abertas pelo homem e espalhadas pelo país. Tais aterros eram, de diversos modos, um desastre ambiental. Exatamente como em Gramacho ainda hoje, todos os líquidos do lixo em decomposição eram filtrados e escoados para o fundo da cratera e, daí, para o solo e o lençol freático. O material daí resultante, denominado lixívia, poderia conter quaisquer quantidades de produtos químicos perigosos, especialmente em uma época em que as pessoas não se preocupavam muito com o que jogavam fora. O lixo em decomposição libera também direto na atmosfera quantidades significativas de metano, um gás de efeito estufa 20 vezes pior que o dióxido de carbono.
Quando o Congresso americano aprovou em 1976 o Ato de Conservação e Recuperação de Recursos, modificou-se substancialmente a maneira pela qual armazenamos lixo. A lei e suas subsequentes emendas exigem que os buracos para deposição do lixo sejam forrados com camadas de plástico ou de argila, ou de ambos. Esse material, associado com um sistema de canalização, coleta a lixívia e esta é transportada para estações de tratamento de esgotos. Os operadores desses aterros têm que instalar dutos para exaustão do metano, que é queimado, o que o transforma em dióxido de carbono -- há ainda exemplos de utilização do lixo como fonte de geração de energia elétrica. Leia mais.
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