Aviação comercial brasileira, um setor que cheira mal há décadas (II)

Na minha postagem anterior sobre este assunto deixei de incluir um fato importante, que retrata bem o descaso e a hipocrisia com que nossa aviação comercial é tratada por nossas autoridades:

• tão logo foi criada (há pouco mais de 2 anos), a empresa Azul Linhas Aéreas pleiteou obviamente usar o aeroporto Santos Dumont como centro de suas atividades, mas foi intransigentemente impedida de fazê-lo pelo próprio governador do Estado do Rio, Sérgio Cabral, sob a alegação ridícula e inexplicável de que essa concessão contribuiria para esvaziar ainda mais o Galeão, com o que não concordava -- sugeriu então que a Azul utilizasse o Galeão para o que queria. Por razões logísticas e de custo isso inviabilizaria a operação da Azul (não há nenhuma empresa exclusivamente de rotas domésticas que use o Galeão como centro de suas operações), que resolveu então usar o aeroporto de Campinas (Viracopos) para isso -- resultado: o Estado e os cariocas perderam ofertas de vôos, impostos, empregos, etc, para São Paulo. O governador Sérgio Cabral nos fez mais esse desserviço, o Galeão continua imprestável, e ele agora vem dizer que nosso aeroporto internacional é uma vergonha para o Rio! É muita desfaçatez e excesso de incompetência!!