quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Petróleo: um novo cenário estratégico

O jornal espanhol El País publicou interessante artigo sobre economia no dia 6 deste mês, em que comenta que Brasil, China e Rússia formam o que chama de nova geoestratégia do petróleo, em decorrência do aumento de porte de suas empresas petrolíferas. Empresas gigantes como as russas Gazprom (receitas de 74,8 bilhões de euros em 2009), Lukoil e Rosneft, a brasileira Petrobras e as chinesas CNPC, Sinopec e CNOOC estão se contrapondo às tradicionais cinco grandes dessa indústria altamente competitiva: ExxonMobil, Shell, British Petroleum (BP), Total e Chevron. Para se ter uma ideia do tamanho desse jogo, basta dizer que a capitalização bursátil desses participantes é de algo como 818,4 bilhões de euros.

Sobre esse pano de fundo há um outro quadro que começa a delinear-se. "Potências petrolíferas como EUA e Canadá estão esgotando suas reservas, porque seu consumo interno é muito superior à sua atual capacidade de produção e às suas jazidas", comenta Francisco Álvarez-Ossorio, sócio responsável pela área de energia e recursos naturais da KPMG. De fato, segundo a BP, as reservas provadas americanas passaram de 30,7 bilhões de barris em 2002 para 28,4 bilhões em 2009 -- no mesmo período, as reservas brasileiras cresceram de 9,8 bilhões para 12,9 bilhões. A produção brasileira também mostrou vigor, passando de 1,899 milhão de barris/dia em 2008 para 2,029 durante 2009, um crescimento de pouco mais de 7%. Mas, nesse novo cenário, o Oriente Próximo resiste a perder sua liderança no setor. Leia mais.
Uma plataforma de petróleo na Baía da Guanabara -- o Brasil se converteu em uma potência do setor (Foto: Marcus Almeida).

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