Graças a um dileto amigo, a quem agradeço, tive acesso a um interessante artigo do Jerusalem Post que permite um acesso nem sempre possível, no Brasil, a uma visão israelense sobre o que vem ocorrendo no Oriente Médio.
O artigo, de autoria de Amnon Rubinstein, começa com uma informação surpreendente: Tunísia (o estopim dos movimentos populares que já atingiram o Egito, o Iêmen e a Jordânia) e Egito (que há 30 anos tem como ditador Hosni Mubarak) foram membros eleitos do circo (como bem o qualifica o artigo) chamado Conselho de Direitos Humanos da ONU -- a Tunísia para o período 2006-2007, e o Egito para o período 2007-2010!! Em relatórios seus o Conselho cumprimentou ambos os regimes: a Tunísia por construir "um arcabouço legal e constitucional para promoção e proteção dos direitos humanos", e o Egito foi enaltecido por iniciativas "tomadas em anos recentes com relação a direitos humanos, em particular a criação de divisões de direitos humanos dentro dos ministérios da Justiça e das Relações Exteriores". Não é inacreditável?!
O artigo comenta, corretamente, que o mundo das notícias e das ONGs está distorcido -- tem uma tendência a achar problemas em sociedades abertas e se deixa enganar por regimes repressores, onde não há mídia livre ou tribunais independentes. Assim, cria-se um paradoxo: quanto mais democrático e aberto é um país, mais exposto ele fica a alegações de abusos de direitos humanos. Leia mais.
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