Depois de dias difíceis, em que o governo egípcio praticamente isolou o país do resto mundo a um custo de milhões de dólares, o preço se tornou muito alto e a Internet está de volta ao Egito. Mas a lição desses dias ficou gravada. O fato do governo ter sentido a necessidade de fechá-la em um momento de manifestações mostra a força da Internet, tanto para ampliar a voz dos dissidentes como para ameaçar outros regimes opressores que tentem silenciá-la.
A Secretária de Estado americana Hillary Clinton tem reiteradamente afirmado o compromisso dos EUA com a causa da liberdade da Internet. "Defendemos uma Internet única, na qual a humanidade tenha o mesmo acesso a conhecimento e ideias", disse ela em um disciurso em janeiro de 2010 -- "e reconhecemos que a infraestrutura de informação do mundo se tornará aquilo que dela fizermos".
Mas, como diz o Washington Post em editorial de hoje, palavras são uma coisa, atos são outra coisa. O Congresso americano destinou 30 milhões de dólares para o Departamento de Estado para financiamento da liberdade da Internet no orçamento de 2010, mas 16 meses depois verba nenhuma foi alocada para isso.
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