Durante os 30 anos de poder ditatorial de Hosni Mubarak no Egito os EUA o sustentaram com uma ajuda financeira só inferior à prestada a Israel, que é hors concours. Durante esse período, e com esse enorme apoio, Mubarak se converteu em peça chave na região, antepondo-se ao Irã e não hostilizando Israel. As perspectivas crescentes de sua queda e a enorme incógnita quanto ao tipo de governo que poderá sucedê-lo estão tirando o sono de americanos e israelenses, que simplesmente não sabem de que lado ficam no momento em que praticamente todo o Egito se rebela contra Mubarak e insiste em sua renúncia.
Repete-se no Egito a mesma lambança estratégica cometida por Tio Sam no Iraque e no Afeganistão, só para falar em casos mais recentes que estão infernizando os EUA. Movendo-se como um elefante em uma loja de porcelana chinesa, as autoridades americanas continuam cometendo suas gafes antológicas: enquanto milhares de egípcios marchavam nas ruas do país pedindo a saída de Mubarak, o vice-presidente americano Joe Biden defendeu publicamente o governante egípcio contra a acusação de que ele é um ditador, enquanto a Secretária de Estado Hillary Clinton manifestava sua confiança na estabilidade do regime. Frente a esse tipo de atitude, não é de espantar que manifestantes egípcios comecem a demonstrar sua convicção de que os EUA estão contra eles. Leia mais.
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