Enquanto fica cada vez mais evidente que Kadafi não durará muito mais no poder, e que a Líbia é mais um exemplo da catastrófica política americana também no norte da África, a preocupação generalizada é saber o quê e quem virá depois dele -- enquanto isso, a guerra civil convulsiona o país.
O The New York Times publica hoje um artigo sobre isso. A situação na Líbia é pior que a da Tunísia e a do Egito, não apenas porque Kadafi passou os últimos 40 anos esvaziando cada instituição que pudesse desafiar sua autoridade, mas também porque, ao contrário daqueles dois países, a Líbia carece da mão firme de um militar forte e confiável que possa dar suporte a um governo em colapso. O país não tem Parlamento, não tem partidos políticos, não tem instituições de comércio, não tem sociedade civil organizada, nem agências não governamentais. Seu único ministério forte é a companhia estatal de petróleo -- o fato de que alguns especialistas achem que o próximo governo possa ser baseado no ministério de petróleo ressalta a escassez de opções.
O que preocupa tremendamente os EUA, principalmente seus órgãos antiterroristas, é que com a derrubada de Kadafi a Líbia se transforme em um estado falido, como o Afeganistão e a Somália, em que a Al Qaeda ou outros grupos radicais possam tirar proveito do caos e operar impunemente. Leia mais.
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